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Eleições 2021 no Equador

Equador: Indígenas marcham rumo a Quito para denunciar fraudes na eleição presidencial

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Missão de observadores da OEA exortou o CNE a 'garantir rigor e transparência para todas as forças políticas envolvidas no processo eleitoral'

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2021-02-16T12:53:00.000Z

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A delegação de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) enviada ao Equador para acompanhar a eleição presidencial no país fez nessa segunda-feira (15/02) um "apelo enérgico" para que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) equatoriano forneça informações claras sobre a apuração dos votos do primeiro turno da votação, realizado em 7 de fevereiro. Os indígenas equatorianos iniciaram uma marcha para Quito denunciando fraudes que tiraram do segundo turno o candidato Yaku Pérez. 

A OEA está "preocupada" com a recontagem de 6 milhões de cédulas, que representam 45% dos votos, anunciada no sábado (13/02). A missão de observadores exortou o CNE a "garantir rigor e transparência para todas as forças políticas envolvidas no processo eleitoral" e também o respeito ao calendário eleitoral. A campanha para o segundo turno está prevista entre 16 de março e 8 de abril, e a votação no dia 11 de abril.

A situação também inquieta o atual presidente equatoriano Lenín Moreno, cujo mandato termina em 24 de maio. Pelo Twitter, ele incitou o CNE à "transparência e ao bom senso".

A margem estreita de votos entre o segundo e o terceiro colocados na votação provocou a contestação dos resultados. A recontagem parcial foi feita a pedido dos candidatos Yaku Pérez, líder indígena e advogado ambientalista, e Gullermo Lasso, ex-banqueiro conservador. O líder indígena aponta fraudes na apuração.

Com mais de 99% dos votos apurados, Yaku Pérez, de 51 anos, está em terceiro lugar, com 19,38% dos votos, enquanto Guillermo Lasso, de 65 anos, teria se classificado para o segundo turno com 19,74%. Faltam ser contabilizadas apenas 0,16% das cédulas.

Reprodução
Organizações Ecuarunari e Conaice anunciaram marchas até a capital Quito, para pressionar o Conselho Eleitoral

O vencedor do primeiro turno foi o economista de esquerda Andrés Arauz, que obteve 32,71% dos votos. Arauz, de apenas 36 anos, é apoiado pelo ex-presidente Rafael Correa.

Protestos indígenas

Duas grandes organizações indígenas, a Confederação dos Povos de Nacionalidade Kichwa do Equador (Ecuarunari) e a Confederação de Nacionalidades e Povos Indígenas da Costa Equatoriana (Conaice), anunciaram marchas até a capital Quito, para pressionar o Conselho Eleitoral a revisar os resultados que impediram Yaku Pérez de disputar o segundo turno.

O protesto contra as supostas fraudes foi anunciado durante uma entrevista coletiva à imprensa pelo presidente da Ecuarunari, Carlos Sucuzhañay. Segundo ele, além da marcha para Quito, manifestações regionais estão sendo organizadas desde a meia-noite desta terça-feira (16/02) em todo o país.

Desde o primeiro turno da eleição presidencial e legislativa de 7 de fevereiro, os indígenas e militantes de esquerda realizam várias manifestações pacíficas em apoio a Yaku Pérez diante das sedes do CNE em Quito e em Guayaquil, a segunda maior cidade do país.

"Não aceitaremos uma fraude eleitoral em nosso país", declarou Sucuzhañay. Ele ressaltou que até agora os indígenas se dirigiram às autoridades eleitorais competentes "de maneira democrática e pacífica".

A Conaice também convocou uma "marcha pacífica e sem violência" para exigir que "o CNE respeite o resultado das urnas", informou o presidente da confederação indígena, Javier Aguavil.

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Coronavírus

Agências dos EUA recomendam suspensão de vacina da Janssen contra covid-19

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Medida ocorre após casos de coagulação sanguínea em pessoas recém-imunizadas; efeito colateral apareceu em 0,0003% das aplicações

Redação

ANSA ANSA

Roma (Itália)
2021-04-13T17:00:00.000Z

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As autoridades sanitárias dos Estados Unidos recomendaram nesta terça-feira (13/04) a suspensão do uso da vacina contra covid-19 da Janssen, subsidiária da multinacional norte-americana Johnson & Johnson, devido a seis casos graves de coagulação sanguínea em pessoas recém-imunizadas.

A recomendação foi feita pela agência sanitária dos EUA (FDA, sigla em inglês), e pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), que afirmaram tratar-se de uma medida de "precaução".

Os dois órgãos estão analisando seis relatos nos Estados Unidos de um tipo "raro e grave" de coágulo sanguíneo em pessoas vacinadas com a fórmula da Janssen, uma das mais cobiçadas no mundo por ser de dose única. "Até agora, esses eventos adversos parecem ser extremamente raros", diz um comunicado da FDA. Até a última segunda-feira (12/04), 6,8 milhões de pessoas já haviam tomado a vacina da Janssen no país.

De acordo com a agência sanitária norte-americana, a suspensão é importante para "garantir que a comunidade de profissionais da saúde esteja ciente do potencial desses eventos adversos e possa se planejar devido ao tipo único de tratamento exigido por essa forma de coágulo sanguíneo".

Segundo o jornal The New York Times, todos os seis casos investigados pela FDA e pelo CDC ocorreram em mulheres de 18 a 48 anos. Uma delas morreu, e outra está hospitalizada em estado grave.

AFP/Telam
Episódios de coagulação sanguínea grave dizem respeito a 0,0003% do total de imunizados

O caso remete ao imunizante da multinacional anglo-sueca AstraZeneca, que ainda não foi aprovada nos EUA e vem sendo usada com restrições na União Europeia após a agência de medicamentos do bloco, a EMA, ter incluído eventos incomuns de trombose como possíveis efeitos colaterais "muito raros" do imunizante.

Também neste caso, os episódios ocorreram majoritariamente em mulheres de até 60 anos de idade. Segundo a EMA, esses coágulos aparecem sobretudo nas veias do cérebro (trombose cerebral da cavidade venosa), no abdômen (trombose venosa esplâncnica) e nas artérias, juntamente com baixa contagem de plaquetas (trombocitopenia) e, às vezes, sangramento.

O parecer se baseou em 62 casos de trombose cerebral da cavidade venosa e 24 de trombose venosa esplâncnica reportados até 22 de março, período em que 25 milhões de pessoas já tinham sido vacinadas com a fórmula da AstraZeneca na Europa. Ou seja, os episódios de coagulação sanguínea grave dizem respeito a 0,0003% do total de imunizados.

Devido à raridade desses tipos de trombose, a EMA afirmou que a relação benefício-risco da vacina "permanece positiva" e não recomendou nenhuma restrição de uso, embora alguns países da UE tenham parado de utilizá-la em menores de 60 anos.

Tanto o imunizante da AstraZeneca quanto o da Janssen usam adenovírus inativos contendo sequências genéticas que codificam a proteína spike, utilizada pelo coronavírus Sars-CoV-2 para atacar as células humanas.

Saúde

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