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Eleições 2021 no Equador

Equador: Sindicato de servidores adere à marcha indígena por recontagem de votos

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Mobilização é favorável ao candidato Yaku Pérez, que aponta, sem apresentar provas, haver supostas fraudes no pleito

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2021-02-19T21:40:00.000Z

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A Confederação Nacional de Servidores Públicos do Equador (Conasep) anunciou nesta sexta-feira (19/02) que aderiu à marcha indígena que exige uma recontagem de votos das eleições presidenciais de 7 de fevereiro. 

A mobilização está caminhando por províncias equatorianas até Quito para se estabelecer na sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE). Os protestos convergem com pedidos feitos pelo candidato à Presidência do partido indígena Pachakutik, Yaku Pérez, que afirma, sem provas, ter havido fraudes no pleito e exige uma recontagem geral.

O presidente da Conaesp, Iván Bastidas, afirmou que, mesmo a marcha sendo partidária, os servidores mantêm neutralidade em relação a Pérez, defendendo que a aderência dos servidores é somente pela transparência do processo eleitoral.

"Decidimos aderir à mobilização nacional e apoiar nas províncias a marcha que começou na quarta-feira (17/02) em Loja. Temos associações e federações em diferentes partes do país e vamos apoiar esta iniciativa do movimento indígena", disse Bastidas. 

Tendo início nesta quarta-feira (17/02), a chamada "Marcha Nacional em Defesa da Democracia" chegou quinta-feira (18/02) à cidade de Cuenca, no sul do país e a 467km de Quito, e nessa sexta-feira pretende chegar à província de Caña.

A Confederação Indígena da província andina de Chimborazo (Comich), no centro do país, também aderiu às ações para exigir a recontagem dos votos, disse o presidente da organização, Carlos Tagua.

Reprodução
Mobilização está caminhando por províncias equatorianas até Quito para se estabelecer na sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE)

Pérez e o direitista Guillermo Lasso realizam uma disputa voto a voto pelo segundo lugar no pleito. O candidato indígena chegou a liderar a disputa pela segunda vaga, mas na última semana, o “banqueiro” Lasso virou e começou a abrir vantagem, se consolidando como o candidato que deve ir ao segundo turno.

Por outro lado, Pérez pediu às autoridades do CNE que suspendessem o escrutínio oficial preliminar que o coloca em terceiro lugar e o deixaria fora do disputa no segundo turno, no dia 11 de abril.

As eleições de 7 de fevereiro foram vencidas pelo candidato presidencial da aliança progressista União pela Esperança (Unes), Andrés Arauz, com 32,7%.

Recontagem dos votos

O CNE recusou a solicitação de Pérez, após acordo com Lasso, de recontagem de 50% dos votos em 16 de 24 províncias e de 100% dos sufrágios na província de Guayas, por não atingir a maioria necessária para validar o pedido.

Esse foi o segundo pedido de recontagem feito por Pérez. Na semana passada, o candidato já havia solicitado ao conselho que fossem recontados os votos em sete províncias.

Disputando com Pérez o segundo lugar, Lasso foi contra a recontagem nacional dos votos, concordando apenas que fosse realizada uma recontagem nas urnas da cidade de Guayaquil, já que o candidato indígena também alega fraudes nessa região. 

No entanto, um dia após o acordo, o candidato pela aliança CREO-PSC voltou atrás da decisão. Em carta enviada ao CNE, Lasso pediu que fossem promulgados os resultados do primeiro turno eleitoral, “sem prejuízo das correspondentes contestações que se apresentem nos termos da lei”.

Após a recusa do conselho, Pérez, disse nesta quarta-feira (17/02) que não irá apoiar Lasso caso o direitista dispute o segundo turno das eleições no país. "Não sonhe que vamos apoiar o crime organizado e a corrupção do senhor Guillermo Lasso. Somos os únicos que podem vencer", disse. 

De acordo com o conselho eleitoral, há uma previsão que os s resultados oficiais da eleição devem sair ainda neste final de semana. Com a divulgação, os candidatos e as organizações políticas podem entrar com pedidos legais para reavaliação dos votos. 

(*) Com Telesur.

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Sociedade

Número de vítimas de pedofilia dentro da Igreja pode chegar a 10 mil na França

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Em parceria com o Ministério da Justiça, uma linha telefônica foi colocada à disposição em 2019 para receber testemunhos de vítimas de todo o país

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2021-03-02T22:41:00.000Z

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Desde 1950, 10.000 crianças e adolescentes podem ter sido vítimas de violências sexuais cometidas por membros da Igreja Católica na França. Essa é a estimativa do presidente da comissão independente que investiga a pedofilia dentro da maior instituição religiosa no país. 

A comissão foi criada em 2018 pelo episcopado francês e institutos religiosos após diversos escândalos no país. Em parceria com o Ministério da Justiça, uma linha telefônica foi colocada à disposição em 2019 para receber testemunhos de vítimas de todo o país. A estimativa foi feita a partir dos relatos recolhidos.

O número de crianças e adolescentes sexualmente abusados, no entanto, ainda pode mudar. “Nossa campanha está pedindo testemunhos, certamente não reuniu a totalidade [de vítimas]”, afirmou o presidente da comissão Jean-Marc Sauvé nesta terça-feira (02/03). “A grande pergunta neste momento é qual o percentual de vítimas que atingimos. 25%? 10%? 5%?”, completou.

O presidente da comissão não informou quantos são os possíveis agressores envolvidos. Segundo ele, no entanto, "em várias instituições católicas ou comunidades religiosas, tem havido um verdadeiro sistema de abuso, mas esta situação representa uma minoria muito pequena dos casos de que ouvimos falar".

Pxhere
Cerca de 10.000 possíveis vítimas de pedofilia cometida por membros da Igreja Católica na França foram identificadas desde 1950

O relatório final com recomendações de práticas de combate à pedofilia na Igreja deve ser divulgado em setembro. 

Responsabilidade pelo passado

Em fevereiro, a Conferência de Bispos da França reuniu 120 representantes ao longo de três dias para discutir a responsabilidade nos casos de pedofilia do passado. A discussão terminou sem nenhuma decisão prática.

"Nós concordamos todos que, no passado, houve falhas na gestão das coisas, sem falar dos crimes cometidos", afirmou o Monsenhor Luc Ravel. "Mas ainda estamos divididos sobre a noção de responsabilidade coletiva em relação ao passado. Alguns acreditam que é preciso solidariedade em relação às gerações precedentes", disse na ocasião da conferência.

Os 120 bispos devem se encontrar novamente no final deste mês para votar um dispositivo de reconhecimento do sofrimento vivido pelas vítimas que, se aprovado, pode prever medidas financeiras, criação de monumentos e políticas de prevenção à pedofilia.

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