Movimentos populares, organizações civis, sindicatos e organizações estudantis realizaram na tarde deste sábado (22/05), a marcha “Pelo Peru #KeikoNoVa”, em rechaço à candidatura de Keiko Fujimori. O segundo turno das eleições no país andino acontece 6 de junho, entre a direitista do Força Popular e o candidato de esquerda Pedro Castillo.
Uma pesquisa realizada nesta sexta-feira (21/05), pela empresa Datum Internacional, divulgada pelo jornal Gestión mostra que Castillo ampliou a vantagem sobre Fujimori. Segundo o levantamento, o candidato do partido Perú Libre, tem 44,9% das intenções de voto, contra 40,1% de Keiko, que é filha do ditador Alberto Fujimori. A pesquisa decorreu entre 18 e 20 de maio com 1.201 pessoas.
As marchas “Pelo Peru #KeikoNoVa”, foram realizadas em Lima e outras cidades do país andino, e visam denunciar o fujimorismo representado na candidatura de Keiko.
O movimento organizado de rejeição a Keiko não é novo. Nasceu em 2009 contra a sua primeira candidatura presidencial. O espaço continuou crescendo, e em 2016 foi realizada uma grande mobilização contra sua segunda tentativa de conquistar o cargo de presidente.
Reprodução/ No a Keiko
Marchas foram foram realizadas em cidades do país, e visam denunciar o fujimorismo representado por Keiko
Desta vez, vários espaços já expressaram diferentes formas de apoio a Castillo, para “fechar as portas de uma vez por todas e para sempre à máfia de Fujimori”, como diz, em nota, o coletivo No a Keiko.
Uma das denúncias de violações dos direitos humanos durante a era da ditadura fujimorista é a esterilização forçada de milhares de mulheres, que hoje continuam exigindo verdade, justiça e reparação. Recentemente, Keiko defendeu as esterilizações forçadas afirmando que foram políticas de “planejamento familiar”.