A Procuradoria-Geral da Colômbia abriu nesta terça-feira (03/05) uma investigação formal para apurar as denúncias do candidato à Presidência pela coalizão de esquerda Pacto Histórico, Gustavo Petro, de que ele seria alvo de um atentado durante visita a cidades na região central do país.
Segundo comunicado formal, os investigadores “contataram os responsáveis pela segurança do senhor Gustavo Petro e as pessoas de sua campanha para obter detalhes sobre a origem das informações e levar adiante as investigações”.
Os organizadores da visita de Petro a três departamentos centrais do país anunciaram, na noite desta segunda-feira (02/05), que estavam cancelando a viagem por “motivos de segurança” sobre o risco de um grave atentado.
“Conforme os trabalhos desenvolvidos pela equipe de segurança, que recebeu informações em primeira mão da área da visita, o grupo criminoso La Cordillera programou um atentado contra a vida do candidato à Presidência”, disseram os organizadores.
Reprodução/ @petrogustavo
Liderando as intenções de voto, Petro suspendeu atividades na região central do país
“La Cordillera é uma organização paramilitar dedicada ao narcotráfico e mercenários que tem um amplo controle sobre as autoridades civis da região e de políticos de Eje Cafetero, além de algumas instâncias da polícia e do exército”, disse o comunicado oficial da campanha de Petro.
Pelo Twitter, o candidato pelo Pacto Histórico havia lamentado a suspensão, afirmando que a ameaça “mostra o desespero político” que chegou o país. “Lamentável que eu precise suspender a visita em Eje Cafetero. O caminho dos setores corruptos para pagar bandos de assassinos para minha eliminação física mostra o desespero político que chegaram”, disse.
Ex-guerrilheiro e ex-prefeito de Bogotá, Petro lidera as pesquisas de intenção de voto com cerca de 43,6% para as presidenciais de 29 de maio. Já o principal candidato direitista, Federico Gutiérrez, ex-prefeito de Medellin, aparece com 26,7% das intenções.
(*) Com Ansa.