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Eleições 2022 na França

Macron é reeleito presidente da França; veja apuração oficial

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Projeções iniciais, logo após o fechamento das urnas, apontavam para uma vitória de Macron, apesar de menos substancial se comparada com a de 2017

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-04-24T20:04:00.000Z

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O presidente da França, Emmanuel Macron (A República em Marcha), foi reeleito neste domingo (24/04) para mais cinco anos no cargo após derrotar a extremista de direita Marine Le Pen (Reagrupamento Nacional). Projeções iniciais, logo após o fechamento das urnas, apontavam para uma vitória confortável, apesar de menos substancial se comparada com a de 2017.

Veja os números oficiais da apuração das eleições presidenciais da França:

Se o gráfico não aparecer ou estiver ilegível, clique aqui

Melhor resultado da extrema direita na França

Em 2017, Macron teve uma vitória mais folgada em cima de Le Pen: 66,1% contra 33,9%. O resultado da candidata neste ano é o melhor já obtido por uma agremiação de extrema direita na França em uma eleição presidencial. 

Em 2012 e 2007, os extremistas não chegaram a ir para a segunda rodada. No entanto, em 2002, o pai de Marine, Jean-Marie Le Pen, conseguiu surpreendentemente passar para segunda volta contra o então presidente Chirac, desbancando o então primeiro-ministro socialista Lionel Jospin. 

Jean-Marie perdeu de maneira acachapante, obtendo apenas 18% dos votos - contra 82% do então presidente.

Macron: 'presidente de todos'

Em discurso na frente da torre Eifel, em Paris, Macron agradeceu a votação. "Obrigado, queridos amigos. A maioria de vocês escolheu depositar sua confiança em mim por mais cinco anos", disse.

Ele reconheceu que muitos votos a ele foram para evitar a vitória de Le Pen, mas tentou passar uma mensagem de unidade. 

"Sei que muitos franceses votaram em mim para bloquear a extrema direita. Também quero agradecê-los, e dizê-los que seus votos me colocam uma obrigação. Agradeço àqueles que se abstiveram, que não conseguiram se decidir, aqueles que votaram por Le Pen... porque, agora, não sou o candidato de um dos campos, mas o presidente de todos", discursou.


LEIA TAMBÉM: 4 em cada dez eleitores de Mélenchon votaram em Macron no 2º turno


Le Pen reconheceu derrota

Marine Le Pen reconheceu a derrota para Macron. De acordo com a emissora Franceinfo, a candidata ligou para o presidente reeleito e o parabenizou pela vitória.

"Claro que gostaríamos que o resultado fosse diferente. Com mais de 43% dos votos, isso representa uma grande vitória. Milhões de nossos compatriotas escolheram o [partido] Reagrupamento Nacional", disse a candidata derrotada.

O discurso de derrota de Le Pen, no entanto, também foi um discurso de campanha. As eleições legislativas na França acontecerão em junho, e é do interesse do partido de extrema direita de fazer a maior bancada possível e conseguir influir na escolha do primeiro-ministro do país, que precisa ter apoio do Parlamento para conseguir montar gabinete.

"Estamos mais determinados do que nunca. Não tenho ressentimento ou raiva. Não vamos esquecer que a França foi esquecida. As ideias que representamos alcançaram novos limites. Nesta derrota, não consigo deixar de sentir esperança", disse.

Mélenchon: terceiro turno

Por sua vez, o candidato da esquerda nas eleições presidenciais da França, Jean-Luc Mélenchon (França Insubmissa) - que não passou para o segundo turno por 1,2 ponto percentual - disse que, com a reeleição de Emmanuel Macron, inicia-se o "terceiro turno das eleições".

"O 'terceiro turno' começou e é essencial que as forças unidas da esquerda - a nova União Popular - consiga a maioria na Assembleia Nacional", disse. Caso isso ocorra, o próprio Mélenchon pode acabar virando primeiro-ministro.

O esquerdista comemorou a derrota de Le Pen. "Ela foi vencida. A França claramente se recusou a confiar seu futuro nela, e isso é uma boa notícia para a unidade do nosso povo", afirmou.

Ao mesmo tempo, Mélenchon lembrou que Macron obteve um resultado pouco largo frente à opositora. "Emmanuel Macron se tornou o presidente com a pior eleição da Quinta República. A vitória dele flutua em um oceano de abstenções e votos nulos", disse.

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Política e Economia

Alemanha reduz imposto sobre o gás em meio a alta dos preços

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Scholz afirma que imposto sobre valor agregado cairá temporariamente de 19% para 7% a fim de 'desafogar consumidores'. Governo alemão estava sob pressão após anunciar uma sobretaxa ao consumo de gás durante o inverno

Redação

Deutsche Welle Deutsche Welle

Bonn (Alemanha)
2022-08-18T22:00:00.000Z

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O chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, anunciou nesta quinta-feira (18/08) que o governo vai reduzir temporariamente o imposto sobre valor agregado (IVA) do gás, de 19% para 7%, a fim de "desafogar os consumidores" em meio a alta dos preços.

Em coletiva de imprensa, o líder alemão disse esperar que as empresas de energia repassem a economia possibilitada pela medida de maneira proporcional aos consumidores, que usam o gás, por exemplo, para aquecer suas casas em meses mais frios.

A medida deve entrar em vigor em outubro e durar ao menos até o fim do ano que vem. A ideia é diminuir o peso de uma sobretaxa ao uso de gás anunciada pelo governo alemão no início desta semana.

Essa sobretaxa, que também entrará em vigor em outubro para residências e empresas alemãs, foi fixada em 2,4 centavos de euros por quilowatt-hora de gás utilizado durante o inverno europeu.

O anúncio levou a indústria e políticos da oposição a pressionarem o governo alemão a tomar alguma medida para suavizar o aumento dos preços.

"Com essa iniciativa, vamos desafogar os consumidores num nível muito maior do que o fardo que a sobretaxa vai criar", afirmou Scholz.

Inicialmente, o governo alemão havia dito que esperava amenizar o golpe da sobretaxa ao gás tornando somente ela isenta do IVA. Mas, para isso, Berlim precisaria do aval da União Europeia (UE), que não aprovou a ideia.

Por outro lado, o que o governo de Scholz poderia fazer sem precisar consultar Bruxelas é alterar a taxa do IVA sobre o gás em geral. E foi o que ele fez.

O gás é o meio mais popular de aquecimento de residências na Alemanha, sendo usado em quase metade dos domicílios do país.

Alemanha corre para encher reservatórios

Além de planos para diminuir o uso de energia, a Alemanha também segue tentando encher suas reservas de gás natural liquefeito antes do início do inverno.

O vice-chanceler federal e ministro da Economia e da Proteção Climática, Robert Habeck, anunciou recentemente um plano para preencher os reservatórios com 95% da capacidade até 1º de novembro.

No momento do anúncio, as reservas estavam em 65% do total e, no fim de semana passado, chegaram a 75%, duas semanas antes do previsto.

Julian Stratenschulte/dpa/picture alliance
Redução no imposto sobre o gás ocorreu após pressão da indústria e de políticos da oposição

Ainda assim, o chefe da agência federal alemã responsável por diferentes redes, como redes de trens e de gás, disse nesta quinta-feira que tem dúvidas sobre o alcance da meta.

"Não acredito que vamos atingir nossas próximas metas de reserva tão rapidamente quanto as primeiras. Em todas as projeções ficamos abaixo de uma média de 95% até 1º de novembro. A chance de isso acontecer é baixa porque alguns locais de armazenamento começaram num nível muito baixo", disse Klaus Müller ao site de notícias t-online.

Ele também alertou que os consumidores provavelmente terão que se acostumar com as pressões no mercado de gás de médio ou longo prazo.

"Não se trata de apenas um inverno, mas de pelo menos dois. E o segundo inverno [a partir do final de 2023] pode ser ainda mais difícil. Temos que economizar muito gás por pelo menos mais um ano. Para ser bem direto: serão pelo menos dois invernos de muito estresse", afirmou Müller.

Plano de contingência

Em 26 de julho, a União Europeia aprovou um plano de redução do consumo de gás, com o objetivo de armazenar o combustível para ser usado durante o inverno e diminuir a dependência da Rússia no setor energético. O plano de contingência entrou em vigor no início de agosto.

Na Alemanha, o governo segue analisando maneiras de limitar o consumo de energia, antevendo a situação para o próximo inverno.

Prédios públicos, com exceção de hospitais, por exemplo, serão aquecidos somente a 19 ºC durante os meses frios. Além disso, diversas cidades na Alemanha passaram a reduzir a iluminação noturna de monumentos históricos e prédios públicos.

Em Berlim, cerca de 200 edifícios e marcos históricos, incluindo o prédio da prefeitura, a Ópera Estatal, a Coluna da Vitória e o Palácio de Charlottenburg, começaram a passar por um processo de desligamento gradual de seus holofotes no final de julho, em um processo que levaria quatro semanas.

Hannover, no norte do país, também anunciou seu plano para reduzir o consumo de energia em 15% e se tornou a primeira grande cidade europeia a desligar a água quente em prédios públicos, o que inclui oferecer apenas chuveiros frios em piscinas e centros esportivos.

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