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Eleições 2022 na França

Macron perde maioria absoluta no 2° turno da eleição legislativa

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De acordo com resultados provisórios, a coalizão formada em torno do partido de Macron conseguiu 224 cadeiras dos votos, contra 149 da união progressista

Redação

RFI RFI

Paris (França)
2022-06-19T18:45:00.000Z

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Os franceses foram às urnas neste domingo (19/06) para o segundo turno da eleição legislativa. De acordo com os resultados provisórios divulgados às 20h pelo horário local (15h em Brasília), a coalizão formada em torno do partido do presidente Emmanuel Macron conseguiu 224 cadeiras dos votos, contra 149 da união da esquerda. 

Com o resultado, o chefe de Estado, reeleito em abril, perde a maioria na Assembleia e terá que negociar com a esquerda durante seu segundo mandato. O pleito também mostra um avanço importante da extrema direita, com 89 deputados eleitos.  

Em razão do sistema eleitoral francês, majoritário, a coalizão de Macron precisava eleger 289 dos 577 deputados para que o presidente pudesse implementar sem obstáculos as reformas que prometeu durante a campanha. Como não alcançou esse número, ele ficará dependente de acordos com a oposição para aprovar projetos de lei e reformas do Executivo.

O principal rival de Macron nesse pleito era a Nova União Popular Ecológica e Social (Nupes), coalizão que, pela primeira vez em 25 anos, conseguiu se reunir em um único grupo boa parte da esquerda, com a participação dos ecologistas, comunistas e socialistas, além da França Insubmissa (FI), partido da esquerda radical.

Para Jean-Luc Mélenchon, que lidera a França Insubmissa e que por pouco não chegou ao segundo turno da eleição presidencial em abril, com quase 22% dos votos, a eleição legislativa é sua revanche. Desde que ficou em terceiro lugar na corrida presidencial, ele diz que seu objetivo é impedir Macron de aplicar seu programa de linha liberal e, se possível, se tornar o próximo primeiro-ministro.

Reprodução/ @EmmanuelMacron
Chefe de Estado, reeleito em abril, perde a maioria na Assembleia da França

Extrema direita em alta

Já Marine Le Pen, líder da extrema direita francesa, via nesse segundo turno da eleição legislativa uma oportunidade de reforçar sua legenda na Assembleia Nacional. Seu partido, o Reunião Nacional, esperava eleger mais de 15 deputados, número necessário para formar um grupo parlamentar. 

Mas com os primeiros resultados, que apontam 89 cadeiras para o partido de Le Pen, não apenas a legenda formará um grupo parlamentar, algo que não acontecia na França desde 1986, como também poderá pesar consideravelmente nas decisões das leis do país nos próximos anos.

Abstenção 

Mais de 48 milhões de franceses estavam habilitados a participar do pleito. Mas como o voto na França não é obrigatória, a taxa de participação foi um dos índices mais observados do pleito. Ao meio-dia 18,99% já tinham votado, um número em ligeira alta (0,56%) com relação ao primeiro turno. Mas às 17h o índice era de 38,11%, uma baixa de 1,31% com relação ao primeiro turno, quando 39,42 % dos eleitores já tinham votado no mesmo horário. 

Segundo os primeiros números divulgados às 20h, logo após o fechamento de todas as zonas eleitorais, a taxa de abstenção nesse segundo turno da eleição legislativa foi de 54%.

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Direitos Humanos

Exército de Israel invade e fecha sete organizações de direitos humanos da Palestina

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Grupos entraram na lista de 'organizações terroristas' e sofreram ataque na madrugada desta quinta (18/08) na Cisjordânia

Michele de Mello

Brasil de Fato Brasil de Fato

São Paulo (Brasil)
2022-08-18T19:05:00.000Z

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Nesta quinta-feira (18/08), militares de Israel invadiram e fecharam a sede de sete organizações não governamentais e de direitos humanos palestinas nas cidades de Ramallah e al-Bireh, na região ocupada da Cisjordânia. Seis delas já haviam sido caracterizadas por Israel como organizações “terroristas”, em outubro de 2021, e acusadas de ter vínculos com a Frente Popular de Libertação pela Palestina (FPLP).

Os escritórios das organizações foram saqueados e seus equipamentos confiscados. As portas foram fechadas com solda, com uma ordem militar israelense declarando a "ilegalidade" das organizações.

As organizações atingidas são: Addameer (palavra em árabe para "consciência"), al-Haq (palavra para "justiça"), Defesa das Crianças da Palestina (DCI), União dos Comitês de Trabalho Agrícola (UAWC), Centro Bisan para Pesquisa e Desenvolvimento, Comitê da União das Mulheres Palestinas (UPWC) e o Sindicato das Comissões de Trabalho em Saúde (UHWC).

"Encontramos um documento colado na porta, apenas em hebraico, dizendo que esta é uma organização fechada, não temos permissão para entrar e nenhum período de tempo é especificado", denunciou o diretor do Sindicato das Comissões de Trabalho em Saúde, Mazen Rantisi. 

A ação militar aconteceu na madrugada, logo após o assassinato de  Waseem Nasr Khalifa, de 20 anos, no campo de refugiados de Balata, arredores da cidade de Nablus, norte da Cisjordânia ocupada. Outros  quatro palestinos ficaram feridos por arma de fogo, três  estariam em estado crítico. Os diretores das organizações de direitos humanos dizem que já esperavam a repressão das forças israelenses após serem classificadas como "organizações terroristas" e agora temem por possíveis detenções ou outras represálias.

Existem aproximadamente 4,5 mil palestinos detidos em prisões israelenses, deste total, cerca de 500 são presos administrativos - sem acusação formal ou julgamento.  

"Este ataque visa intimidar e reestruturar a sociedade civil palestina para parar de documentar e expor os abusos e violações da ocupação israelense", disse Shawan Jabarin, diretor-geral da organização de direitos humanos Al-Haq. 

As ONGs, no entanto, asseguram que continuarão seu trabalho. "Não é um trabalho para nós, é convicção, é fé", disse Jabarin. Os grupos afetados ainda convocaram um protesto em frente aos escritórios da Al-Haq no centro de Ramallah na quinta-feira ao meio-dia para protestar contra as incursões e o fechamento de seus escritórios.

Reprodução
Forças de Israel invadem sedes de organizações não-governamentais nas cidades de Ramallah e al-Bireh, na Palestina ocupada

O secretário-geral do Comitê Executivo da Organização pela Liberdade Palestina (OLP), Hussein al-Sheikh, condenou o fechamento dizendo que a decisão busca silenciar a "voz da verdade e da justiça". 

"Vamos apelar a todos os órgãos internacionais oficiais e instituições de direitos humanos para intervir imediatamente para condenar esse comportamento dos ocupantes e pressioná-los a reabrir as instituições para que possam exercer suas atividades livremente", publicou.

O presidente do Conselho Nacional Palestino, Rawhhi Fattouh classificou a ação como "um ato de intimidação e uma tentativa desesperada de encobrir as provas dos crimes e violações diários do ocupante contra civis palestinos".

Já o ministro de Justiça da Palestina, Mohammad Shalaldeh, disse que irá solicitar uma posição do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, e do Conselho de Segurança. "Esse ataque fere o princípio internacional dos direitos humanos". 

Com a campanha "Stand we the six" (Apoie os seis) meios de comunicação palestinos e israelenses se solidarizaram com as ONGs palestinas. "Este regime [de Israel] considera a repressão violenta uma ferramenta legítima para controlar os palestinos, mas define a atividade civil não-violenta como terrorismo", declaram em comunicado.

As organizações palestinas também tiveram apoio de representantes da Missão Europeia e outros países, entre eles de Bélgica, Chile, Dinamarca, Finlândia, França, Irlanda, Itália, México, Holanda, Noruega, Polônia, Espanha, Suécia e Reino Unido. 

A Igreja Episcopal de Ramallah publicou uma declaração em solidariedade e exigindo uma investigação completa do caso. 

A relatora especial das Nações Unidas para a Palestina, Francisca Albanese, também condenou a ação de Tel Aviv. "Minha total solidariedade às ONGs palestinas que acabam de ter seus escritórios invadidos pelas forças israelenses. Esta nova ação ilegal é prova de seu excelente trabalho pela justiça e direitos humanos palestinos, e o pânico moral que estão causando ao ocupante", publicou.

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