A Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA – TCP) expressou nesta segunda-feira (26/08) apoio absoluto à soberania da Venezuela e ao reconhecimento da vitória eleitoral de Nicolás Maduro – certificada pelo Supremo Tribunal de Justiça (TSJ) -, além de condenar a violência que a extrema direita promove no país com o objetivo de agravar a crise política.
“Condenamos veementemente qualquer golpe de Estado ou tentativa de golpe de Estado, pois constituem o caminho violento, ilegal e inconstitucional que ameaça a democracia, a paz e a própria vida”, disseram as nações que compõem o bloco integracionista, em declaração final, ao fim da 11ª Cúpula Extraordinária do ALBA-TCP.
Eles também repudiaram as “os planos e ações desestabilizadoras” impulsionados por fatores externos que ignoram a soberania e a democracia da América Latina e do Caribe.
“A brutal guerra comunicacional, carregada de ódio, intolerância, discriminação e desprezo nas redes sociais, estrategicamente dirigida às gerações mais jovens da sociedade venezuelana, vítimas da desinformação e da hiperinformação para promover a violência, o vandalismo e a barbárie”, destacou a aliança bolivariana.
O bloco denunciou o desrespeito aos resultados oficiais apresentados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) chamando a oposição de extrema direita venezuelana, liderada por María Corina Machado e o candidato Edmundo González, de “fascista”. Acusou os opositores por mostrarem “intenções golpistas” ao solicitar o intervencionismo e mais sanções contra o país em detrimento do povo.
“A Venezuela é um Estado livre, independente, democrático e soberano que tem suas próprias instituições e leis para resolver seus assuntos internos”, reconheceram as nações da ALBA-TCP.
Por uma declaração remota, o presidente cubano Miguel Díaz-Canel apontou que a Venezuela está sofrendo uma campanha “grosseira e orquestrada” que busca “mascarar outra tentativa de golpe de Estado”.
O mandatário também definiu os relatórios publicados pela oposição – que alega ter obtido 83,5% das atas, o que resultaria na vitória de Edmundo González – como uma “documentação de origem duvidosa”. Vale lembrar que em 28 de julho, os dados oficiais emitidos pelo CNE ao fim do pleito apontaram a vitória irreversível de Maduro, com 51,92% dos votos válidos, enquanto González ficou em segundo lugar, com 43,18%.
(*) Com Telesur