Os advogados do ex-candidato de oposição da Venezuela, Edmundo González Urrutia, apresentaram à Procuradoria de Caracas um documento de defesa para justificar os motivos da ausência do ex-candidato presidencial nas audiências previstas para interrogá-lo.
González é investigado por “conspiração e usurpação de funções públicas” devido à publicação na internet de uma ata eleitoral que supostamente apontaria para a sua vitória nas eleições de 28 de junho.
“Apresentamos um documento que explica as razões do ponto de vista constitucional e jurídico pelas quais Edmundo González Urrutia não compareceu [às audiências]”, afirmou o advogado José Vicente Haro em comunicado à imprensa. O não comparecimento levou as autoridades a emitir um mandado de prisão contra o opositor.
Haro acrescentou que González está em uma situação de defesa “limitada” em uma investigação, alegando que estão atribuindo acusações “pré-classificadas” relativas a “atos que não têm caráter criminoso, mas que lhe foram atribuídos como se fossem crimes”.
A defesa ainda solicitou ao Ministério Público “que não tente julgar e criminalizar atos ou considerações de natureza política que devam ser discutidos no campo da política e não na esfera judicial.”
O ex-candidato é acusado de “usurpação de funções, falsificação de documentos públicos, instigação à desobediência das leis do Estado, conspiração, sabotagem para prejudicar sistemas e associação terrorista”.
Em 22 de agosto, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano validou a reeleição de Maduro.
(*) Com Ansa.