O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, falou nesta sexta-feira (06/09) mais uma vez sobre a situação política na Venezuela após as eleições presidenciais que resultaram na reeleição de Nicolás Maduro com 51,2% dos votos, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, mas contestadas e acusadas de fraude pela oposição de extrema direita, liderada por María Corina Machado e Edmundo González, da Plataforma Unitária.
Durante entrevista a uma rádio de Goiás, o mandatário brasileiro reiterou que, ao lado da Colômbia e do México, o país não reconhece o resultado das eleições de 28 de julho, mas não vão “romper relações” com Caracas.
“Como eu também não reconheço o fato de a oposição ter ganhado. Ali só tem uma solução: fazer uma nova eleição”, sugeriu novamente.
Ao ser questionado se considerava a Venezuela uma ditadura, uma democracia ou um “rolo”, Lula ainda respondeu: “Eu acho que é mais um rolo”.
Lula ainda afirmou que o comportamento de Maduro “deixa a desejar” e que o presidente venezuelano deveria “provar que é o preferido do povo”, mas “não o faz”.
“Acho que o comportamento de Maduro deixa a desejar. Aqui no Brasil, a gente aprendeu a fazer democracia com muito sofrimento. Você veja que, quando o cara é extremista, ele não aceita [o resultado das eleições]. Bolsonaro ficou trancado chorando quase um mês, foi embora para os Estados Unidos e deixou o bate-pau dele nos quartéis”, comparou em relação às eleições presidenciais brasileiras de 2022.
(*) Com Ansa