O assessor especial da Presidência do Brasil, Celso Amorim, sustenta a ideia de que a realização de novas eleições na Venezuela pode ser uma alternativa viável para superar o impasse eleitoral no país caribenho após o pleito de 28 de julho que definiu a vitória de Nicolás Maduro.
A informação foi confirmada por fontes do Planalto consultadas por Opera Mundi nesta terça-feira (13/08). No entanto, a sugestão do diplomata “não tem nenhuma proposta oficial” e carece de um posicionamento do governo brasileiro, uma vez que ela, apesar de ter sido apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não foi formalizada.
Apesar de se tratar de uma “ideia” levantada informalmente nos bastidores da Presidência, houve avanço no âmbito de discussões referentes à retirada de sanções como uma medida de incentivo ao governo venezuelano para a possibilidade de uma “observação internacional mais intensa” em uma “hipotética nova eleição”.
Lula oficialmente segue sustentando os esforços da tríade de nações americanas, composta por Brasil, Colômbia e México, no auxílio à crise em Caracas, e a necessidade do governo Maduro apresentar as atas de cada uma das sessões eleitorais para comprovar o resultado das eleições e a transparência de seus sistema eleitoral.
Na última quinta-feira (08/08), de acordo com a Folha, durante uma reunião ministerial interna em Brasília, o presidente brasileiro teria comentado que “o resultado das eleições [na Venezuela] não poderia ser aceito sem a prova de que elas foram limpas”.
Questionado pela reportagem sobre a veracidade da afirmação, fontes do Planalto indicaram que se trata de uma informação que foi veiculada “de maneira informal” pela imprensa, e reforçou que até o momento a fala do mandatário não foi amadurecida na casa.