A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) publicou nesta terça-feira (30/07) uma nota pública sobre a observação que integrantes da entidade realizaram durante a eleição presidencial na Venezuela.
Segundo a ABJD, os observadores acompanharam “atentamente em clima de liberdade” o processo eleitoral que deu vitória ao presidente Nicolás Maduro com 51% dos votos.
“Pleito transcorreu com respeito à Constituição venezuelana e à legislação eleitoral, em um clima ordeiro, de paz e tranquilidade”, afirma a associação.
A coordenação executiva da ABJD disse lamentar o ataque hacker que o sistema de transmissão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) sofreu após o encerramento da eleição, destacando que o episódio “atrapalhou” o fechamento das urnas e criou “desconfiança acerca do resultado, que é auditável e cuja legalidade e legitimidade certamente irão se confirmar”.
A ABJD ainda destacou que esta foi a segunda participação da associação como observadora internacional no pleito venezuelano, convite do Instituto Simón Bolívar.
Leia a nota da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) na íntegra:
A Coordenação Executiva Nacional da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia- ABJD, por meio das e dos integrantes Euzamara de Carvalho, Maria Rosaria Barbato, Martonio Mont’ Alverne e Alexandre Guedes da Secretaria de Relações Internacionais da entidade, atuou como convidada internacional para acompanhar as eleições presidenciais de 2024 da Venezuela, exercendo essa missão juntamente a outros 1.200 pares (nacionais e internacionais) de mais de 100 países.
Nossas observadoras e observadores acompanharam atentamente em clima de liberdade o processo eleitoral, cujo resultado consagrou como eleito o Presidente Nicolás Maduro com 51% dos votos ao apurar 80% das urnas com distanciamento dos outros candidatos, o que não deixa margem para alteração do resultado.
Pelo que foi observado, apontamos que o pleito transcorreu com respeito à constituição venezuelana e à legislação eleitoral, em um clima ordeiro, de paz e tranquilidade. Lamentamos o ataque hacker ao sistema de transmissão, informado pelo CNE, que tem atrapalhado o encerramento das operações e criado desconfiança acerca do resultado, que é auditável e cuja legalidade e legitimidade certamente irão se confirmar, de acordo com todas as garantias eleitorais, à integridade e à segurança do processo e da vontade soberana do povo venezuelano.
Caracas, Venezuela, 30 de julho de 2024.