González descarta pedir asilo após Justiça da Venezuela emitir mandado de prisão
Ex-candidato da extrema direita nas eleições presidenciais pretende ficar 'de casa em casa' em Caracas, para evitar detenção pela publicação de atas eleitorais falsas
José Vicente Haro, advogado do ex-candidato da extrema direita a Presidência da Venezuela, Edmundo González, declarou nesta terça-feira (03/09) que o representante da Plataforma Unitária Democrática (PUD) no pleito de 28 de julho não considera pedir asilo político em nenhuma embaixada em Caracas após o Ministério Público (MP) emitir um mandado de prisão contra ele.
O pedido de prisão ocorreu na última segunda-feira (02/09) após o candidato ter ignorado três intimações do MP para comparecer a um tribunal e explicar a divulgação das atas eleitorais em um site criado pela coalizão ultradireitista PUD, na qual o diplomata de 75 anos é indicado como suposto vencedor do pleito presidencial.
“Esse cenário não está proposto porque o senhor Edmundo González, em uma decisão muito pessoal, corajosa e admirável, decidiu permanecer em resguardo, mas em território venezuelano”, afirmou Haro à Rádio W, da Colômbia.

Candidato de oposição garantiu que continuará na Venezuela
O advogado disse que o opositor permanecerá “de casa em casa” para evitar que o MP efetue a prisão pelos crimes de usurpação de funções, falsificação de documento público, instigação à desobediência de leis e conspiração no âmbito da publicação de atas eleitorais, documentos detalhados das urnas, falsificadas no site criado pela coalizão opositora.
Apesar da resistência da extrema direita, em 22 de agosto, após finalizado o processo de auditoria das atas relativas às eleições, o Supremo Tribunal de Justiça venezuelano (TSJ, por sua sigla em espanhol) certificou os resultados emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral, os quais indicam a vitória de Nicolás Maduro com 51,92% dos votos válidos, enquanto a derrota de González, com 43,18%.
(*) Com Ansa
