O Ministério Público (MP) da Venezuela informou, nesta segunda-feira (05/08), a abertura de uma investigação criminal contra Edmundo González e María Corina Machado, representantes da extrema direita opositora no país, após o ex-candidato pela coalizão Plataforma Unitária proclamar a si mesmo como “presidente eleito” do país.
El Ministerio Público de la República Bolivariana de #Venezuela ante el írrito comunicado difundido por Edmundo González y María Machado: #informa la apertura de una #Investigación Penal a fin de determinar su responsabilidad ante la presunta comisión de múltiples delitos #aquí… pic.twitter.com/229YZWFMkM
— Tarek William Saab (@TarekWiliamSaab) August 5, 2024
O MP classificou o documento, uma carta publicada por meio das redes sociais, como “ilegal”, e afirmou que González e Machado “anunciaram falsamente um vencedor das eleições presidenciais, diferente daquele proclamado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE)”, que identificou o atual presidente Nicolás Maduro como reeleito com 51,2% dos votos após o pleito de 28 de julho.
O comunicado, assinado pelo Procurador-Geral da Venezuela, Tarek William Saab, ainda declarou que o CNE é “o único órgão qualificado” para reconhecer um presidente eleito na Venezuela.
Além disso, o Ministério Público justificou a abertura do processo uma vez que os representantes da extrema direita fizeram “uma incitação aberta a policiais e militares desobedecerem às leis”.
Assim, acusa González e Machado de “usurpação de funções, disseminação de informações falsas com o objetivo de causar desordem, instigação à desobediência às leis, instigação à insurreição, associação para a insurreição e conspiração”.
O MP venezulano ainda garantiu permanecer “vigilante diante de qualquer qualquer ato que implique a geração de violência ou ansiedade na população”