O mandatário da França, Emmanuel Macron, telefonou para o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, nesta segunda-feira (05/08) e elogiou a posição do governo brasileiro diante das eleições venezuelanas.
“Com o presidente Lula, apoiamos o anseio do povo venezuelano por uma eleição transparente. Essa demanda está no cerne de qualquer democracia”, escreveu o mandatário francês nas redes sociais após a conversa.
Nous soutenons avec le Président @Lulaoficial l’aspiration du peuple vénézuélien à une élection transparente. Cette exigence est au cœur de toute démocratie.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) August 5, 2024
Por sua vez, de Santiago, no Chile – onde está em viagem diplomática para uma reunião com o presidente Gabriel Boric – Lula anunciou a reunião com Macron por meio das redes sociais: “recebi esta manhã um telefonema do presidente francês Emmanuel Macron. Macron elogiou a posição do Brasil, Colômbia e México, emitida em nota conjunta”.
O mandatário francês referiu-se ao documento emitido na última quinta-feira (01/08), defendendo que as “controvérsias” relativas ao processo eleitoral venezuelano devem ser solucionadas pela “via institucional” com a divulgação pública das atas eleitorais.
A nota foi divulgada pelo Itamaraty e expressa que as três nações respeitam a “soberania do povo da Venezuela” e, inclusive, parabenizam o país pela participação massiva da população nas eleições presidenciais realizadas em 28 de julho.
Recebi esta manhã um telefonema do presidente francês Emmanuel Macron. Macron elogiou a posição do Brasil, Colômbia e México, emitida em nota conjunta. Mais informações:https://t.co/EQoMpAHLSM
— Lula (@LulaOficial) August 5, 2024
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela declarou a reeleição de Nicolás Maduro como presidente do país, com 51,2% dos votos. Enquanto isso, a oposição de extrema direita, liderada por Maria Corina Machado e Edmundo González Urrutia, alega ter vencido o pleito.
No entanto, não foram divulgadas as atas de votação, documentos detalhados sobre os votos em cada urna, o que levou o Brasil a não reconhecer o resultado do CNE.
Assim, Lula disse a Macron no telefonema, segundo informou o Palácio do Planalto, que segue em busca “de uma solução pacífica entre as partes e que respeite a soberania do povo venezuelano”.
(*) Com Brasil247