Maduro acusa María Corina Machado de fugir para Espanha; opositora refuta: ‘não vou lhe dar o prazer de saber onde estou’
Em entrevista à EVTV, líder de extrema direita afirmou que há meses vive em clandestinidade para não ser presa pelos crimes cometidos após acusar fraude nas eleições presidenciais
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou na quarta-feira (16/10) que a líder da oposição de extrema direita, María Corina Machado, fugiu para a Espanha após informar na última terça-feira (15/10) que a política havia deixado o país.
“O velho [em referência ao ex-candidato da oposição Edmundo González] saiu há um mês e Sayona [em referência a María Corina Machado] também saiu. Primeiro ele mandou alguém muito próximo dele a uma taberna em um lugar na Espanha, e depois ele foi lá”, declarou o mandatário venezuelano durante um evento oficial.
Maduro refere-se ao asilo político concedido pela Espanha a González, antigo candidato presidencial da oposição Plataforma Unitária Democrática (PUD). Ele chegou a Madri no dia 8 de setembro, após o governo venezuelano lhe ter concedido passagem segura.

Dclaração de Maduro decorre por Machado não aparecer em público desde agosto
A declaração de Maduro decorre por Machado não aparecer em público desde agosto e só divulgar vídeos e entrevistas por meio de suas redes sociais. Contudo, a opositora contradisse a declaração do mandatário em uma entrevista ao programa La Entrevista, da emissora EVTV, também nesta quarta.
“Estou aqui com os venezuelanos, obviamente me protegendo e cuidando porque não vou dar-lhes o prazer de saberem onde estou” disse Machado.
A líder da Plataforma Unitária ainda reforçou que há meses vive em clandestinidade para não ser presa. Em agosto passado, o Ministério Público da Venezuela abriu investigação criminal contra María Machado e Edmundo González pela suposta prática dos crimes de usurpação de funções, divulgação de informações falsas para causar tumulto, instigação à desobediência às leis, insurreição, associação para cometer crime e conspiração após as denunciar suposta fraude nas eleições presidenciais de julho, as quais reelegeram Maduro com 51,2% dos votos, de acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país.
(*) Com Ansa e Sputnik
