O governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, instalou na última terça-feira (30/07) um Conselho de Segurança para estabelecer medidas a fim de conter as manifestações violentas e antidemocráticas da oposição de extrema direita, que denuncia suposta fraude eleitoral do pleito de 28 de julho.
“Eles pretendem governar o país através do crime e da morte. O fascismo não vai passar na Venezuela”, discursou o mandatário.
Presidido por Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional, o grupo reuniu ministros, procuradores e integrantes das Forças Armadas no Palácio de Miraflores, sede do governo da Venezuela, em Caracas.
Estamos en la Sesión permanente y conjunta del Consejo de Estado y el Consejo de Defensa de la Nación, dos instancias del más alto nivel con los #5PoderesConstitucionales del país. Somos garantes de la #Paz y la vida nacional, en este espacio evaluamos un conjunto de elementos… pic.twitter.com/V1e4YVizRN
— Nicolás Maduro (@NicolasMaduro) July 31, 2024
Uma das primeiras medidas foi o anúncio de ajuda de US$10 milhões para vítimas de ataques de manifestantes da oposição. “Há muitos transeuntes, e vítimas que infelizmente foram assassinadas. Estas pessoas serão cuidadas e apoiadas do ponto de vista jurídico, social e económico”, afirmou Maduro.

Segundo Maduro, a comissão especial também contará com aconselhamento da Rússia e China sobre o sistema de biossegurança
Além disso, o conselho terá como função monitorar ataques de ódio em meios de comunicação e redes sociais. Segundo Maduro, a comissão especial também contará com aconselhamento da Rússia e China sobre o sistema de biossegurança e o ataque que causou graves danos ao sistema de comunicação do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
O presidente venezuelano também ordenou a implementação de um “plano de patrulha” da polícia local para deter “os grupos violentos”. Segundo o mandatário, eles “foram treinados no exterior para estabelecer comandos de violência e vingança, o que revela a face decrépita do fascismo”.
O chefe de Estado sustentou ainda que “a batalha de 28 de julho é a batalha definitiva contra o fascismo, contra o ódio, contra a intolerância e contra aqueles que querem impor uma guerra civil, um golpe de Estado, a divisão e o confronto entre os venezuelanos”.
O presidente também denunciou os chamados ‘Comanditos’, gangues criminosas que, segundo ele, atendem aos interesses da extrema direita venezuelana e dos Estados Unidos.
“Apelo à comunidade internacional e ao povo venezuelano para que cerrem fileiras nesta batalha que travamos na Venezuela pela verdade, pela paz e contra o fascismo”, sublinhou.
(*) Com Brasil de Fato e TeleSUR