Os governos do México e Colômbia vão enviar uma representação diplomática para a posse de Nicolás Maduro, na Venezuela, no próximo dia 10 de janeiro.
A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (23/12) e marca uma mudança na postura de tais governos ao reconhecerem a vitória de Maduro nas eleições realizadas em julho deste ano.
Claudia Sheinbaum, presidente mexicana, falou sobre durante a coletiva de imprensa que realiza diariamente: “irá uma representação ou o próprio embaixador que esteja na Venezuela”.
A mandatária foi questionada se também haverá uma representação mexicana na posse de Donald Trump nos Estados Unidos em 20 de janeiro. E, segundo ela, “ainda não há convites”.
“Não só para o México, mas ainda não há convites em geral, embora o presidente Trump tenha mencionado que iria convidar o presidente da China numa das suas conferências e publicações”, comentou.
Representação colombiana
Por sua vez, o vice-ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Jorge Rojas, disse que é esperado a presença do embaixador colombiano na Venezuela, Milton Rengifo.
“O governo da Colômbia (e) de muitos governos da região vão enviar um representante para a posse do presidente Maduro”, afirmou.
Rojas acrescentou que o presidente do país, Gustavo Petro, ainda está “analisando a situação” para determinar se decide designar outro responsável para ajudar.

Claudia Sheinbaum e Gustavo Petro se reuniram recentemente na Cidade do México
Vale destacar que os governos da Colômbia e México, ao lado do Brasil, têm se posicionado como mediadores para uma solução de paz na política do país entre a gestão Maduro e a oposição.
Brasília, no entanto, ainda não anunciou se irá enviar uma representação à posse de Maduro.
Posse de Maduro
No dia 10 de janeiro, o presidente reeleito Maduro tomará posse em Caracas após vencer as eleições gerais de 28 de julho com 51% dos votos, segundo o Conselho Nacional Eleitoral venezuelano.
A oposição, que teve Edmundo González Urrutia como candidato pelo agrupado Plataforma Unitária Democrática (PUD), não aceitou a derrota e se autoproclamou vencedor do pleito.
Urrutia, atualmente, saiu da Venezuela e está asilado na Espanha. Mesmo fora do país, o opositor insiste que também pretende tomar posse no mesmo dia.