Movimentos populares de todo o mundo se manifestaram nesta sexta-feira (09/08) em defesa da soberania da Venezuela e acusam interferência dos Estados Unidos no processo eleitoral do país.
A convocatória da Assembleia Internacional dos Povos serviu para “defender a Revolução Bolivariana da perseguição do imperialismo estadunidense, que mais uma vez tenta desestabilizar a democracia e a soberania popular da Venezuela por meio de seus ataques e operações em cumplicidade com os governos de direita da região e do mundo”.
O Fórum dos Povos, com sede em Nova York, publicou na rede social X a convocação global da Assembleia Internacional dos Povos para “defender a Revolução Bolivariana do imperialismo norte-americano que, mais uma vez, está tentando desestabilizar a luta do bravo povo venezuelano“.
Os participantes do protesto se concentraram em áreas externas da redação do jornal The New York Times, que eles acusam de estar envolvido “em uma campanha de desinformação para incentivar e justificar as tentativas de golpe lideradas pelos EUA e a guerra econômica contra a Venezuela”.
“O povo dos Estados Unidos é contra as sanções, a intervenção e a guerra sem fim! Os povos do mundo apoiam a Venezuela, sua independência e seu processo democrático!”, disse o Fórum do Povo na própria plataforma da Internet.
Ainda nos EUA, o ex-deputado venezuelano Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente em 2019 e era aliado de Donald Trump, foi alvo de um escracho por parte de uma manifestante. “Traidor! Você roubou o povo venezuelano!”, disse a ativista, em referência às sanções exigidas por Guaidó contra a Venezuela, que terminaram permitindo o confisco de ativos venezuelanos no exterior.
Líderes também de manifestam
Nesta quinta-feira (08/08), o Prêmio Nobel da Paz da Argentina, Adolfo Pérez Esquivel, Manuel Zelaya, ex-Presidente das Honduras, Evo Morales, ex-presidente da Bolívia, em conjunto com mais de trezentos intelectuais, líderes políticos e ativistas de diferentes países rejeitaram o que chamaram de “tentativas de golpe” contra a Venezuela.
Em manifesto, eles afirmaram que após as eleições presidenciais do dia 28 de julho, “intensificou-se na Venezuela a operação de desestabilização do imperialismo, concebida e posta em ação antes, durante e depois das eleições”.
“Os atos de violência e vandalismo que se podem ver na televisão e nas redes sociais mostram que as acusações de fraude contra o governo de Maduro e o Conselho Nacional Eleitoral são apenas a superfície de um vasto plano de desestabilização que, em última análise, justifica até uma intervenção militar estrangeira”, afirmam.
O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) anunciou no dia 28 de julho a reeleição de Nicolás Maduro para um terceiro mandato e, ao mesmo tempo, denunciou que sofreu um ataque hacker contra seu sistema eleitoral que impossibilitaria a publicação dos resultados detalhados do pleito – até esta sexta-feira (09/08), 12 dias depois da eleição, o órgão segue sem divulgar os números.