‘Nada de grave’: Lula diz que atas porão fim a dúvidas sobre eleição na Venezuela
Presidente brasileiro diz que PT elogiou povo venezuelano pelas eleições pacíficas e que oposição poderá recorrer do resultado na Justiça caso haja dúvidas
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, falou pela primeira vez, nesta terça-feira (30/07), sobre a eleição presidencial da Venezuela, vencida por Nicolás Maduro com 51,2% dos votos, segundo o Conselho Eleitoral Nacional (CNE) do país.
Em entrevista no Palácio da Alvorada à TV Centro América, filial da TV Globo em Cuiabá, o mandatário falou também sobre a nota divulgada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) que reconhece a reeleição de Maduro.
“O PT reconheceu, a nota do Partido dos Trabalhadores reconhece, elogia o povo venezuelano pelas eleições pacíficas que houveram. Mas a oposição ainda não reconheceu. Então, tem um processo. Não tem nada de grave, não tem nada de assustador”, afirmou o presidente.
Lula frisou que, conforme a apresentação das atas e sua consagração como verdadeiras “todos nós temos a obrigação de reconhecer o resultado eleitoral da Venezuela”.

Lula disse que Brasil irá reconhecer resultados eleitorais da Venezuela quando as atas forem publicadas
Sem mencionar a demora do Ministério das Relações Exteriores brasileiro em reconhecer Maduro como presidente reeleito da Venezuela, Lula afirmou que é necessário apresentar as atas de votação, documentos detalhados sobre o número de votos e os resultados em cada urna, para “resolver a briga” política no país vizinho.
“É normal que tenha uma briga. Como resolver essa briga? Apresenta a ata. Se a ata tiver dúvida entre a oposição [que contesta os resultados eleitorais] e a situação, a oposição entra com um recurso e vai esperar na Justiça o processo. Após isso, vai haver uma decisão que precisamos acatar”, declarou o presidente brasileiro.
Lula disse ainda que está “convencido de que esse é um processo normal e tranquilo” e que a oposição deve “ter o direito de se expressar, provar sua discordância, e o governo provar que está correto”.
(*) Com Brasil247
