Observadores internacionais do sul da Itália certificaram neste domingo (11/08) a transparência e confiabilidade do sistema eleitoral venezuelano após participarem do programa de acompanhamento das eleições presidenciais realizadas em 28 de julho.
Durante uma reunião no Consulado Geral da Venezuela em Nápoles, os representantes italianos mencionaram ter visitado cinco centros eleitorais no dia do pleito e ressaltaram a ausência de provas que confirmem a vitória da oposição de extrema direita, que acusa o presidente reeleito Nicolás Maduro de fraude eleitoral.
“Observamos cinco centros eleitorais e testemunhamos que o sistema eleitoral de duplo controle usado pela Venezuela é impossível de alterar e modificar. Do jeito que as coisas estão, não há documentos que comprovem que a oposição venceu as eleições. O sistema de votação em cada distrito eleitoral é bem controlado. Não é possível realizar qualquer tipo de fraude eleitoral. Devemos informar a população mundial sobre a verdade dos fatos”, enfatizaram os observadores, de acordo com uma nota publicada pelo Ministério das Relações Exteriores venezuelano em rede social.
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Segundo o comunicado, a cônsul-geral, Esquía A. Rubín de Celis, iniciou a reunião comentando as medidas que o presidente reeleito Nicolás Maduro tomou para manter a estabilidade na Venezuela, no âmbito do sistema jurídico local, e para enfrentar os ataques coordenados por forças tanto nacionais quanto internacionais após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter declarado sua vitória.
Na ocasião, os observadores também acusaram a oposição venezuelana de promover a violência ao disseminar desinformação por meio de redes sociais.
“É tudo complicado pelo fato de que essas informações circulam rapidamente ao redor do mundo por meio de aplicativos gerenciados e governados por norte-americanos”, afirmaram, destacando que a Venezuela é uma nação democrática.
Resultado eleitoral é ‘irrecorrível’
No sábado (10/08), o Tribunal Superior de Justiça (TSJ) da Venezuela entrou na última fase de avaliação dos materiais eleitorais, como as atas detalhadas das urnas e os depoimentos dos ex-candidatos ao pleito presidencial, com o objetivo determinar a decisão final sobre o processo aberto pelo próprio presidente Nicolás Maduro em 31 de julho diante das acusações de fraude eleitoral por parte da extrema direita opositora.
De acordo com a presidente do TSJ, Caryslia Rodríguez, a decisão a ser emitida sobre o resultado das eleições após análise dos últimos recursos será “irrecorrível e obrigatória”, uma vez que a CNE é a maior autoridade eleitoral do país.
O documento também destacou que a investigação tem sido realizada por “profissionais altamente qualificados, que utilizam os mais elevados padrões técnicos para garantir que os conflitos sejam resolvidos de forma soberana e justa”.