Os venezuelanos seguem indo às urnas neste domingo (28/07) em uma votação que vai definir a continuidade do processo bolivariano representado por Nicolás Maduro, ou giro à direita na figura de Edmundo González Urrutia, o “candidato tampão” de Maria Corina Machado.
Na seção de votação, os eleitores irão encontrar a foto de Maduro 13 vezes na cédula de votação. Por que? O documento oficial do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) coloca em imagens o número de partidos que apoiam cada candidato.
Leia também | Inflação controlada e lojas abastecidas são trunfo de Maduro nas eleições da Venezuela
A cédula deste ano tem 38 fotos, o atual presidente preenche toda a primeira das quatro fileiras do papel de votação. De acordo com o órgão eleitoral, a escolha das posições segue critérios prévios, como resultados obtidos em pleitos anteriores e data do registro da sigla.
O design da cédula é o mesmo que aparece tanto nas urnas eletrônicas quanto nas impressas para os votantes que estão no exterior.
Os partidos que estampam a foto de Maduro fazem parte da coligação Grande Polo Patriótico, com: Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Movimento Tupamaro da Venezuela, Pátria para Todos (PPT), Somos Venezuela, Organização de Renovação Autêntica (ORA), Podemos, Partido Verde, Enamórate, Movimento Eleitoral Popular (MEP), Futuro, Partido Comunista da Venezuela (PCV), Unidade Popular Venezuelana (UPV) e Aliança para a Mudança.
Além de Maduro, outros nove candidatos aparecem na cédula. Edmundo González Urrutia, principal figura da oposição pela Plataforma Unitária, aparece três vezes.
Cédula de votação venezuelana coloca em imagens o número de partidos que apoiam cada candidato
Cerca de 21 milhões de eleitores estão aptos a votar neste domingo, segundo o CNE. Nome do chavismo, Maduro busca garantir o terceiro mandato consecutivo, o que é permitido pelas leis do país. A Constituição venezuelana não impõe um limite de reeleições ao cargo de Chefe de Estado.
Apesar das críticas duras à oposição, Maduro encerrou sua campanha prometendo iniciar uma nova era de diálogos no país “sem interferência estrangeira”, em diversas áreas, como econômica, social, cultural e política, e envolvendo toda a sociedade
