A União Europeia (UE) publicou nesta segunda-feira (05/08) um comunicado pedindo “maior verificação independente” dos resultados das eleições de 28 de julho na Venezuela.
O bloco europeu não reconheceu a vitória do candidato pela extrema direita Edmundo González Urrutia, como os Estados Unidos, Argentina e Uruguai, nem a reeleição de Nicolás Maduro com 51,2% dos votos – confirmada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
#Venezuela: Without evidence to support them, the 2/08 results published by the CNE cannot be recognised.
EU calls for publication & verification of the official voting records.
Respecting the will of the 🇻🇪people remains the only way to restore democracy. https://t.co/TyvodEdFG5— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) August 5, 2024
Assim, cobrou uma verificação independente, “se possível por uma entidade de renome internacional”, para atestar o resultado final do pleito.
“Apesar de seu compromisso, o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela ainda não publicou as atas oficiais dos votos. Sem a apresentação de provas, os resultados publicados em 2 de agosto não podem ser reconhecidos”, afirma em nota o alto representante da União Europeia para Política Externa, Josep Borrell.
A União Europeia ainda apontou que as eleições em Caracas “não respeitaram os padrões internacionais de integridade eleitoral”.
No último sábado (03/08), um grupo de sete países europeus divulgou uma declaração conjunta e pediu que a Venezuela divulgue as atas da eleição presidencial de 28 de julho para “total transparência e a integridade do processo eleitoral”.
A declaração foi assinada por Alemanha, Espanha, França, Itália, Holanda, Polônia e Portugal. O grupo afirma que segue acompanhando de perto a situação e apoia o “apelo do povo venezuelano pela democracia e a paz.” Posição similar à tomada por Brasil, Colômbia e México na última semana.
González, por sua vez, agradeceu à UE pelo apelo em defesa de uma “verificação independente dos resultados”.
A solicitação do bloco europeu vem após a oposição de extrema direita publicar uma contagem não oficial das atas eleitorais. Segundo esses dados, González teve 67% dos votos, contra 30% do presidente Nicolás Maduro.
Por sua vez, o governo venezuelano denunciou a existência de fraude nessa contagem. O presidente da Assembleia Nacional do país, Jorge Rodríguez, apresentou uma série de documentos afirmando que a suposta contagem apresentada pela Plataforma Unitária em uma página da internet é repleta de fraudes.
Segundo Rodríguez, os dados apresentados pela oposição contém irregularidades, como atas falsas ou minutas sem assinaturas de testemunhas e dos operadores das urnas.
(*) Com Ansa e Revista Fórum