Quinta-feira, 3 de julho de 2025
APOIE
Menu

O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela rejeitou nesta terça-feira (13/08) o relatório preliminar divulgado pelo grupo de especialistas eleitorais das Nações Unidas (ONU) no qual decidem que o resultado do pleito de 28 de julho que definiu a vitória do presidente Nicolás Maduro “não cumpriu medidas básicas de transparência e integridade”.

De acordo com a pasta, o Painel de Peritos Eleitorais da ONU espalha “uma série de mentiras, violando em conteúdo e método, não apenas os princípios que regem o funcionamento dos grupos de especialistas, mas também os Termos de Referência assinados com o Poder Eleitoral venezuelano”, ou seja, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Isso porque, segundo o governo venezuelano, durante as eleições presidenciais no país, os membros do painel da ONU mantiveram contato com funcionários do Departamento de Estado dos EUA.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

“Não há dúvida de que suas declarações são produto das instruções hostis que emanam deste órgão (norte-americano)”, afirma a chancelaria em comunicado, acrescentando que o posicionamento dos especialistas “mina a confiança nos mecanismos projetados para cooperação e assistência técnica”, uma vez que eles tiveram acesso a todas as fases do processo eleitoral e verificaram, em primeira mão, o funcionamento do sistema de urnas.

“A opinião emitida em sua carta irresponsável nada mais é do que um ato de propaganda que serve aos interesses golpistas da extrema direita venezuelana”, argumenta a nota.

Wikimedia Commons/Пресс-служба Президента Российской Федерации
O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela rejeitou o relatório preliminar do grupo de especialistas eleitorais das Nações Unidas (ONU) no qual alegam que o resultado eleitoral que definiu a vitória de Nicolás Maduro “não cumpriu medidas básicas de transparência e integridade”.

No mesmo dia, durante uma sessão da Assembleia Nacional da Venezuela sobre a “Lei contra o Fascismo, o Neofascismo e Expressões Similares”, o presidente do órgão legislativo, Jorge Rodríguez, referiu-se aos especialistas eleitorais da ONU de “lixo”, uma vez que inicialmente o relatório tinha caráter confidencial. Além disso, propôs a proibição de observadores “estrangeiros” em futuras eleições.

“Esse painel de especialistas é um painel de lixo, sem mais. Eles assinaram (um acordo) dizendo que o relatório é privado e que apenas o poder eleitoral da Venezuela e o secretário-geral das Nações Unidas (António Guterres) teriam acesso. Mas eles anunciaram que vão torná-lo público. Eles acabaram de anunciar hoje”, disse Rodríguez.

(*) Com Telesur