Sábado, 17 de maio de 2025
APOIE
Menu

A Venezuela repudiou, nesta terça-feira (19/11) o ato norte-americano chamar o ex-candidato presidencial pela Plataforma Unitária, Edmundo González, como presidente eleito do país norte-americano, ignorando os resultados oficiais do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que apontou Nicolás Maduro como reeleito com 51,2% dos votos.

Os Estados Unidos reconheceram o candidato de extrema direita, que posteriormente fugiu em asilo político à Espanha como vencedor da eleição presidencial em julho passado no mês de agosto, sem apresentar provas. Contudo, ainda não o tratavam com o termo ‘presidente eleito’, usado para o político eleito que ainda não tomou posse da Presidência no país.

Assim, o rechaço de Caracas veio por meio de uma declaração do ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil Pinto, que classificou o secretário de Estado dos EUA, responsável pelo comunicado, de “inimigo confesso da Venezuela”, declarando que a intitulação para González é “ridícula”.

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

“Blinken, inimigo confesso da Venezuela [tem] agora um Guaidó 2.0 apoiado por fascistas e terroristas subordinados à maltratada política dos EUA”, acrescentou.

Da mesma forma, o chanceler venezuelano sublinhou que nos poucos dias que restam a Blinken como Secretário de Estado, uma vez que será substituído por Marco Rubio no próximo governo de Donald Trump, “deveria dedicar-se a refletir sobre os seus fracassos, a livrar-se dos complexos imperiais e coloniais e a escrever as memórias de como a Revolução Bolivariana fez ele morder a poeira da derrota, assim como seus antecessores”.

“Nunca falha o plano de mais um secretário de Estado, que afundou, junto com os seus fantoches, tentando reverter a democracia venezuelana”, sublinhou.

Ministerio de Relaciones Exteriores de la República Bolivariana de Venezuela/Wikicommons
Chanceler da Venezuela afirmou que Blinken “é mais um secretário de Estado, que afundou tentando reverter a democracia venezuelana”

Washington se pronunciou oficialmente através de uma publicação de Blinken nas redes sociais, em que afirmava que “o povo venezuelano se pronunciou com força em 28 de julho e nomeou Edmundo González Urrutia eleito. “A democracia exige respeito pela vontade dos eleitores”, completou.

A Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA-TCP) também rejeitou o reconhecimento de Edmundo González pelos EUA.

Jorge Arreaza, secretário executivo da aliança, pronunciou-se por meio do ditador popular de que “o homem é o único animal que tropeça duas vezes com a mesma pedra”.

Nesse sentido, Arreaza destacou o valor e a dignidade do povo venezuelano e descreveu a elite dominante de Washington como um animal, já que “durante 200 anos tropeçou e tropeçou na dignidade do povo venezuelano e não terminou de aceitar a sua derrota”.

Da mesma forma, concluiu com a mensagem “Viva Bolívar!”, em referência ao libertador Simón Bolívar.

(*) Com TeleSUR