O povo venezuelano saiu às ruas neste sábado (17/08) em defesa da democracia e em apoio à vitória de Nicolás Maduro como presidente reeleito do país. A Grande Marcha Nacional foi convocada pelo deputado Diosdado Cabello, vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
A concentração começou no início da tarde, na sede da Companhia Telefônica Nacional da Venezuela (CANTV), na Avenida Libertador, em Caracas. Os manifestantes devem percorrer diversas avenidas até chegar no Palácio de Miraflores, sede do Poder Executivo.
A vice-presidente de Assuntos Regionais e Municipais do PSUV, Carmen Meléndez, anunciou que mais de 10 mil veículos motorizados foram acionados para acompanhar o ato no país. Acrescentou ainda que os protestos em apoio a Maduro também ocorrem no exterior, em mais de 100 países.
As mobilizações na Venezuela acontecem em meio à crise política instaurada pela oposição de extrema direita do país, liderada por María Corina Machado e o candidato Edmundo González, que acusa Maduro de fraude nas eleições de 28 de julho.
Nesse sentido, o chefe de governo do Distrito Capital, Nahum Fernández, afirmou que a marcha também tem como objetivo combater o fascismo em todo o país.
“Organizamos pelo menos 100 cidades e estaremos com as 100 marchas nacionais onde os estados, pelas capitais, pelos segundos municípios, pelo corredor eleitoral e toda essa força que a revolução tem, se manifestarão com alegria”, disse.
Desde o anúncio da vitória de Maduro nas eleições presidenciais, tanto os apoiadores do atual presidente quanto os seguidores da coalizão de extrema direita Plataforma Unitária têm realizado constantes manifestações.
No caso da aliança ultraconservadora, os atos buscam defender a narrativa de que o seu candidato, Edmundo González, foi o vencedor do pleito.
Neste sábado, a Plataforma também iniciou manifestações no país reivindicando a vitória de González e sua autoproclamação como “presidente eleito” da Venezuela. O líder opositor realizou essa declaração há uma semana, repetindo estratégia adotada em 2019 pelo então deputado Juan Guaidó, que já não possui cargo e não exerce mais influência nos setores radicalizados da oposição venezuelana.
(*) Com Telesur