O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, alertou nesta segunda-feira (03/06) que a extrema direita no país, em meio à corrida eleitoral, procura implementar cenários de violência semelhantes aos que ocorreram em 2014 e 2017, quando ocorreu o assassinato do jovem Orlando Figuera, queimado e linchado durante um protesto da oposição por ter sido identificado como chavista.
“Orlando Figuera se tornou um símbolo de um crime de ódio do fascismo; 2017, num dia como hoje, eles clamaram por esse ódio. Esse é o ódio que eles querem trazer de volta à Venezuela, para que nós, venezuelanos, nos enfrentemos e nos matemos”, declarou o mandatário durante o seu programa de TV Con Maduro +.
Ao alegar que a violência “é a principal aposta que a extrema direita faz na Venezuela“, Maduro expressou a necessidade de zelar pela paz e, diante do ódio, “cultivar o amor, a convivência, a solidariedade, a tolerância e o respeito”.
“Crimes como o de Orlando Figuera nunca mais poderão voltar a repetir-se. Estas pessoas não podem regressar, não podem regressar com o seu fascismo, nunca poderão regressar com o seu ódio”, afirmou.
Neste sentido, apelou ao Rei Felipe VI e ao presidente da Espanha, Pedro Sánchez, a extradição de Enzo Franchini, detido pela polícia espanhola pelo crime contra Figuera. Maduro pediu para que Madrid entregue investigados à Justiça venezuelana para ser julgado pelo crime.
“A Procuradoria-Geral da República os solicitou múltiplas vezes. Peço ao chefe de Estado, ao chefe de Governo e às autoridades judiciais de Espanha que entreguem à Justiça venezuelana os fascistas que queimaram vivo e assassinaram Orlando Figuera”, declarou.
Em meio à corrida eleitoral para eleger um presidente na Venezuela, Maduro ainda acusou a extrema direita de “vestir um disfarce de diálogo e uma fantasia de democratas em tempos eleitorais”.
(*) Com TeleSUR