Os principais conselheiros do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, se reuniram com os senadores democratas nesta quinta-feira (11/07) para tentar atenuar a crescente oposição no próprio partido à tentativa de reeleição do mandatário, em meio a preocupações após seu mau desempenho no debate realizado em junho.
Desde que o chefe de Estado norte-americano, de 81 anos, teve uma performance hesitante no último confronto eleitoral contra o ex-presidente republicano e adversário, Donald Trump, de 78 anos, membros de sua própria legenda têm sugerido a desistência da candidatura.
O desempenho verificado no debate também alimentou temores sobre a idade e saúde mental do presidente. Biden, por sua vez, tem afirmado consistentemente que tem o vigor e a agudeza mental necessários para comandar a Casa Branca.
Os parlamentares democratas que apelam pelo encerramento da campanha eleitoral argumentam que a preocupação referente à insistência de Biden na candidatura não se trata apenas das chances de uma derrota eleitoral, mas que também custará ao partido o controle sobre as duas câmaras do Congresso.
Segundo a agência Reuters, na noite de quarta-feira (10/07), Peter Welch se tornou o primeiro senador democrata norte-americano a apelar pelo afastamento de Biden, juntando-se a pelo menos outros nove membros governistas da Câmara dos Representantes que também pediram ao presidente para se retirar da disputa.
Vários legisladores de alto perfil disseram que Biden deveria permanecer na corrida eleitoral, enquanto outros, incluindo a ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi, se recusaram a dizer definitivamente se ele deveria se afastar.
A emissora norte-americana CBS News relatou que o presidente tem lutado para “provar que pode estar no cargo por mais quatro anos”, enquanto os legisladores “retornaram ao Capitólio com diferentes níveis de apoio e dúvidas relacionadas à capacidade de Biden de ganhar a reeleição e cumprir um segundo mandato”.
No início da semana, Biden publicou uma carta aos democratas para expressar “firme compromisso” nas eleições e insistir que não deixará a corrida presidencial, apesar da crescente pressão.
“Faltam 42 dias para a convenção [do partido] e 119 para as eleições. Uma determinação menor e uma falta de clareza ajudarão Trump e nos enfraquecerão. É o momento de seguir em frente como um partido unido e derrotar Trump”, escreveu o presidente, apelando para que continuem acreditando em sua capacidade.