A candidata do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, e seu adversário do Partido Republicano, Donald Trump, compartilharam mensagens nas redes sociais após a abertura das urnas, nesta quinta-feira (05/11).
Harris afirmou que esse é o momento do país “fazer sua voz ser ouvida”. “O dia da eleição chegou.
Hoje nós votamos porque amamos nosso país e acreditamos na promessa da América”, escreveu a atual vice-presidente de Joe Biden no X.
Election Day is here. Today, we vote because we love our country and we believe in the promise of America.
Make your voice heard: https://t.co/VbrfuqVy9P
— Kamala Harris (@KamalaHarris) November 5, 2024
O republicano Donald Trump, por sua vez, publicou um vídeo de um minuto de duração, carregado com discursos de ódio e intolerância, de acordo com sua campanha e promessas eleitorais, em sua própria rede social, a Truth.
Na gravação, por meio de um narrador, o ex-mandatário afirma que “há quatro anos os Estados Unidos perderam seu propósito”, referindo-se à eleição de Biden em detrimento de Trump, em 2020.
Ao afirmar que “os valores norte-americanos foram mudados”, o vídeo mostra a imagem de uma igreja e logo depois declara que “tudo desmoronou” quando “as fronteiras foram rendidas”, em um ataque aos imigrantes no território dos EUA.
“Nosso patriotismo foi chamado de tóxico. Homens podem bater em mulheres e ganhar medalhas”, afirmou o clipe ao mostrar imagens da boxeadora argelina Imane Khelif, medalhista de ouro nas Olimpíadas de Paris e alvo de declarações transfóbicas.
A peça ainda termina com imagens do candidato sangrando após ter levado um tiro de raspão na orelha em um comício em julho passado, na Pensilvânia.
Segundo a média das pesquisas de intenção de voto nos estados-pêndulo, ou seja, que ora elegem republicanos, ora elegem democratas, reunidas pelo Real Clear Polling, separada por Opera Mundi, Harris tem vantagem de 0,6% em Michigan e 0,3% em Wisconsin; já Trump sai à frente com 2,6% no Arizona, 1,5% na Carolina do Norte, 2,3% na Geórgia, 1% em Nevada, e 0,3% na Pensilvânia. Na média geral dos estados, Trump tem 48,5% e Harris, 47,5%.
EUA vão às urnas
Mais de 150 milhões de norte-americanos aptos a votar devem participar das eleições presidenciais cuja votação culmina nesta terça-feira (05/11), que é o dia em que se pode comparecer às urnas para escolher o próximo presidente do país.
Estão na disputa Kamala Harris, do Partido Democrata, Donald Trump, Republicano, e candidatos de menor repercussão como Jill Stein (Partido Verde), Claudia de la Cruz (Partido pelo Socialismo e Libertação), Chase Oliver (Partido Libertário), e Cornel West (Justiça para Todos).
Mais de 75 milhões de eleitores já depositaram seu voto antecipadamente, segundo informações de 47 estados do país e o Distrito de Columbia reunidos pela CNN e empresas de fornecimento de dados.
A partir das 20h no horário local (18h no horário de Brasília), e de acordo com as decisões de cada estado, as urnas começarão a ser fechadas primeiro no leste do país e em progressão de encerramento até o oeste. A maioria das seções serão fechadas às 21h, mas também há estados com encerramento às 22h.
Por lá, um candidato presidencial não é eleito pela maioria do voto popular a nível nacional, mas sim por meio do chamado “Colégio Eleitoral”. Na urna, o eleitor norte-americano tem que escolher um dos candidatos em disputa, mas na prática não é esse candidato que receberá o voto. Na verdade, essa cédula ajudará a eleger um delegado, que pode ou não representar o candidato presidencial que você votou. Por isso o sistema de votação nos Estados Unidos é considerado de voto indireto.
O Colégio Eleitoral é formado por 538 delegados e são eles que vão definir se a candidata democrata Kamala Harris ou o candidato republicano Donald Trump comandará a Casa Branca durante quatro anos, a partir de janeiro de 2025. Para um deles ser eleito, é preciso obter pelo menos 270 votos desses delegados. Esses delegados são representantes que votam conforme a maioria dos eleitores de cada estado.
Como cada estado é “federado” e tem sua devida autonomia, os governos locais têm a liberdade de organizar uma votação anterior para eleger seus delegados, por meio de convenções ou comitês.
Além do presidente, o país deverá eleger outras autoridades no pleito desta terça-feira, incluindo um terço dos integrantes do Senado, todas os novos membros da Câmara de Representantes, além de cargos da administração regional e do Poder Judiciário de alguns estados.
(*) Com Ansa