- Atualizada em 6/nov., às 15h32.
O Partido Republicano conquistou, até momento, a maioria no Senado dos Estados Unidos com 52 assentos de 100 disponíveis, segundo projeções da imprensa norte-americana.
Neste pleito, 34 assentos, aproximadamente um terço da Casa, estava sendo renovado. Essa renovação acontece a cada dois anos. Com isso, o Partido Democrata perdeu o controle do Senado, que esteve no domínio nos últimos anos. A sigla do atual presidente Joe Biden só tem garantido 42 assentos até agora.
A conquista no Senado foi determinada pelos votos em Ohio e West Virginia, nos quais dois assentos democratas foram conquistados por republicanos. Os senadores devem escolher seus novos líderes na semana que vem
Em Ohio, o senador democrata Sherrod Brown perdeu o que seria seu quarto mandato para o negociante de carros de luxo Bernie Moreno. A campanha de Brown enfatizou o direito ao aborto e a ajuda federal que ele obteve para o seu estado, enquanto o republicano vencedor atacou os direitos dos imigrantes e de pessoas transgênero.
Já em West Virginia, o atual governador republicano Jim Justice ganhou a vaga aberta pela aposentadoria de Joe Marchin III. A fragilidade dos democratas ali ficou evidente este ano quando Marchin, que foi senador democrata a maior parte de sua carreira, abandonou o partido para se tornar independente pouco antes de se aposentar.
No estado de Montana, o senador Jon Tester perdeu para o republicano Tim Sheehy, empresário e ex-marinheiro condecorado. Na região, os republicanos venceram em 2016, 2020 e, mais facilmente, agora.
Os republicanos ainda podem ampliar a vantagem com possíveis triunfos em Wisconsin e Pensilvânia, chegando a 55 representantes.
Câmara deve se definir por margem estreita
As previsões eleitorais eram de que qualquer um dos dois partidos poderia acabar, novamente, com uma maioria de apenas poucas cadeiras na Câmara dos Representantes. Sem o controle da Casa, as avaliações eram de que Trump poderia enfrentar obstáculos importantes para implementar uma agenda legislativa, como ocorreu com o atual presidente Joe Biden.
Até o momento, de acordo com a Associated Press, os republicanos estão com 201 cadeiras e os democratas 183. Para ter maioria, é necessário conquistas 218.
Os democratas precisam conquistar cinco cadeiras a mais do que nas eleições passadas para conseguirem a maioria na Câmara. No estado de Nova York eles conquistaram a primeira dessas cadeiras adicionais com a derrota do congressista republicano Brandon Williams pelo democrata John Mannion.
Os republicanos da Carolina do Norte ganharam três cadeiras anteriormente ocupadas pelos democratas, enquanto esses trocaram de assento no Alabama com Shomari Figures, que venceu em um distrito alterado para dar representação mais justa aos eleitores negros.
Tanto democratas como republicanos elegeram representantes para a Câmara graças um ajuste que foi realizado nas linhas distritais para acompanhar as mudanças populacionais.
Senadoras negras, congressistas trans e coreano-americano pela 1ª vez
Numa disputa marcada pela intensa retórica dos republicanos contra a comunidade LGBTIA+, Delaware elegeu a primeira congressista norte-americana trans, a democrata Sarah McBride, de 34 anos.
Ao mesmo tempo, na contramão do discurso xenófobo que dominou a campanha republicana, os norte-americanos elegeram o primeiro coreano-americano para seu Congresso. O democrata Andi Kim ganhou a cadeira de Nova Jersey para o senado.
Os Estados Unidos também terão, pela primeira vez, duas mulheres negras no Senado, as democratas Lisa Blunt Rochester, também de Delaware, e Angela Alsobrooks, de Maryland.
Ainda estão sendo disputadas eleições para governador em 11 estados, assim como nos territórios de Samoa Americana e Porto Rico. Oito destes tinham governos republicanos e três democratas.