O governador de Minnesota, Tim Walz, aceitou formalmente nesta quarta-feira (21/08) a nomeação pelo Partido Democrata para que seja candidato a vice-presidente dos EUA na chapa liderada por Kamala Harris, atual ocupante do posto e que concorrerá à Casa Branca na eleição de novembro.
“É a honra da minha vida aceitar a nomeação para (concorrer a) vice-presidente dos Estados Unidos”, disse Walz sob aplausos da plateia na Convenção Nacional do Partido Democrata, realizada no ginásio United Center, em Chicago.
Walz começou seu discurso de aceitação agradecendo a Kamala Harris por ter confiado nele e tê-lo convidado para participar da campanha. Ele também agradeceu ao atual presidente norte-americano, Joe Biden, por “quatro anos de liderança forte e histórica”.
“Estamos todos aqui esta noite por um belo e simples motivo: amamos este país”, disse Walz.
Discurso relembra carreira
Em seu discurso, Walz falou sobre quando cresceu em uma pequena cidade de Nebraska, como filho de um veterano da Guerra da Coreia que morreu relativamente jovem de câncer de pulmão. Ele falou sobre seus anos na Guarda Nacional e sua carreira como professor de ensino médio e treinador de futebol americano.
“Foram esses jogadores e meus alunos que me inspiraram a concorrer ao Congresso. Eles viram em mim o que eu esperava incutir neles – um compromisso com o bem comum, uma compreensão de que estamos todos juntos nisso. E a crença de que uma única pessoa pode fazer uma diferença real para seus vizinhos”, disse ele.
Ele descreveu a si mesmo como “uma pessoa real que pode fazer uma diferença real” e destacou sua defesa da Seguridade Social, do direito ao aborto e de ajudas estatais à educação.
Com simpatia da ala mais à esquerda do partido, Walz disse que “assistência médica e moradia são direitos humanos”.
“É o último tempo e estamos com um ponto a menos, mas estamos atacando e temos a bola”, disse o candidato em referência a uma partida de futebol americano. “Kamala Harris está pronta. Nosso trabalho agora, para todos que estão assistindo, é entrar nas trincheiras e fazer o bloqueio e a defesa centímetro a centímetro, a cada metro, a cada ligação, a cada batida na porta, a cada doação de cinco dólares”, afirmou.
O candidato democrata à vice-presidência também defendeu mais restrições à posse de armas e alegou que é um caçador e “muito melhor” do que muitos dos congressistas republicanos com quem trabalhou por mais de uma década em Washington.