A juíza Aileen Cannon arquivou, nesta segunda-feira (15/07), o processo criminal contra o ex-presidente Donald Trump no qual ele é acusado de guardar ilegalmente documentos confidenciais da Casa Branca em sua residência em Mar-a-Lago.
Os investigadores acusaram Trump de ter levado por volta de 300 documentos sigilosos para sua própria casa, e pelo menos 100 foram retomados pelo FBI durante uma operação de busca e apreensão. No entanto, no ano passado, o magnata se declarou inocente das 37 acusações criminais provenientes dessa descoberta.
Na sentença, Cannon decidiu que a nomeação do procurador especial Jack Smith, responsável por conduzir a investigação, é inconstitucional. Segundo ela, a “acusação substitutiva foi rejeitada porque a nomeação do procurador especial Smith viola a cláusula de nomeações da Constituição dos Estados Unidos”.
Ainda de acordo com a magistrada, a nomeação é inconstitucional porque “efetivamente usurpa” a autoridade do Congresso.
“Após um estudo cuidadoso dos desafios fundamentais levantados na moção, a Corte está convencida de que a condução desta ação pelo conselheiro especial Smith viola dois pilares estruturais do nosso esquema constitucional: o papel do Congresso na nomeação de agentes constitucionais e o papel do Congresso na autorização de gastos por lei”, acrescentou Cannon.
Porém, a juíza disse que sua decisão não se aplica a outras jurisdições, o que significa que a ordem pode não se aplicar ao caso de interferência eleitoral do procurador especial contra Trump, em 6 de janeiro.
Aos 76 anos, o republicano tentará se eleger novamente nas próximas eleições e foi considerado o primeiro ex-mandatário do país a enfrentar acusações federais.
Ataque em comício
No final de semana, Trump foi ferido na orelha após tiros serem disparados durante comício eleitoral na Pensilvânia. Agentes dos serviços de segurança cercaram o republicano, que se levantou e apareceu com uma mancha de sangue escorrendo pelo rosto a partir da orelha direita.
O FBI afirmou no domingo (14/07) ter identificado o autor do disparo. Trata-se de Thomas Mattew C*, morador de Bethel Park, distrito a cerca de 70 quilômetros do local do atentado e localizado na Pensilvânia, local que ocorreu o comício.
Os tiros também mataram uma pessoa que participava do comício e deixaram outras duas gravemente feridas.
(*) Com Ansa.