A pesquisa eleitoral Reuters/Ipsos publicada nesta quinta-feira (29/08) revela que a candidata democrata Kamala Harris ampliou vantagem numérica sobre o republicano Donald Trump, por 45% das intenções do voto norte-americano contra 41%, respectivamente.
A diferença de quatro pontos percentuais entre os candidatos que disputam a vaga presidencial pela Casa Branca foi maior do que a vantagem de um ponto que Kamala tinha sobre o adversário de extrema direita (43% a 42%) no levantamento realizado pela mesma instituição no fim de julho.
A nova pesquisa, que foi conduzida ao longo de oito dias e encerrada na quarta-feira (28/08), ouviu 4.253 adultos em território nacional, incluindo 3.562 eleitores registrados. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Chamou a atenção que os números conquistados por Kamala indicam um apoio mais expressivo entre eleitoras mulheres e eleitores latinos. Desta vez, a democrata ultrapassou Trump por 49% a 36% nos dois grupos, enquanto as pesquisas Reuters/Ipsos realizadas durante o mês de julho apontavam a vice-presidente com uma vantagem de nove pontos entre as mulheres e de seis pontos entre os latinos.
Por outro lado, Trump conquistou o apoio de eleitores brancos e homens, ambos por margens semelhantes às de julho, embora sua liderança entre aqueles que não possuem diploma universitário tenha diminuído para sete pontos na recente pesquisa, ante 14 pontos em julho.
Apesar de as pesquisas nacionais terem o objetivo de retratar o cenário eleitoral do momento, as eleições norte-americanas funcionam de forma indireta. Ou seja, no pleito presidencial, o postulante se elege caso consiga ao menos 270 dos 538 delegados do Colégio Eleitoral, divididos proporcionalmente. Quem vence no estado faz as indicações e, então, recebe os votos de todos os delegados daquele local.
Nos sete estados onde a eleição de 2020 foi mais acirrada – Wisconsin, Pensilvânia, Geórgia, Arizona, Carolina do Norte, Michigan e Nevada – Trump teve uma vantagem de 45% a 43% sobre Kamala entre os eleitores registrados na pesquisa.
Desde que aceitou formalmente a indicação democrata na semana passada, a vice-presidente embarcou em uma turnê por estados decisivos, incluindo a Geórgia, onde Joe Biden estava perdendo apoio antes de desistir da corrida eleitoral.
O levantamento também revelou que cerca de 73% dos eleitores democratas se consideram mais animados em votar em Kamala, após a formalização de sua candidatura. A pesquisa Reuters/Ipsos de março mostrava que 61% dos entrevistados pretendiam votar no atual mandatário à reeleição apenas para impedir a ascensão de Trump.
Em agosto, esse cenário mudou. 52% dos eleitores de Kamala sustentaram seu voto à democrata sem necessariamente a intenção de barrar o republicano.