A médica e ambientalista Jill Stein, candidata do Partido Verde norte-americano, foi a terceira mais votada nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, realizadas nesta terça-feira (05/11).

A representante de esquerda obteve cerca de 630 mil votos a nível nacional, sendo superada apenas por Donald Trump e Kamala Harris, e ficando em primeiro lugar entre as candidaturas menores.

Atrás dela ficaram Roberto Kennedy Jr., candidato sem partido que recebeu pouco mais 600 mil votos – apesar de ter desistido de sua candidatura para apoiar Donald Trump, em anúncio realizado em setembro –, e Chase Oliver, do Partido Libertário, que reuniu cerca de 565 mil votos.

Quem é Jill Stein

A candidatura de Stein era considerada uma das mais progressistas na disputa pela Casa Branca. A médica se apresentou na campanha como uma defensora do “novo acordo verde” (no original, “green new deal”), que consiste em reforçar os investimentos em tecnologia verde e em transformações na infraestrutura industrial para incentivar o uso de energias renováveis e de maquinaria e procedimentos menos prejudiciais ao meio ambiente.

Stein foi alçada à condição de presidenciável graças ao seu passado como uma das fundadoras da Coalizão por Comunidades Saudáveis de Massachusetts e organizadora da Convergência Climática Global para Pessoas, Planeta e Paz acima do Lucro. Seu slogan de campanha enfatizava três palavras iniciadas com a letra P: pessoas, planeta e paz.

A ambientalista também foi a única candidata judia que participou destas eleições e uma das que repudia abertamente o genocídio cometido por Israel contra os palestinos residente na Faixa de Gaza, apoiando o reconhecimento do Estado da Palestina e a solução de dois Estados para colocar fim ao conflito no Oriente Médio.

Seu engajamento na causa palestina a levou a participar de algumas das ocupações realizadas por estudantes em universidades do país no primeiro semestre deste ano, em protesto contra o massacre em Gaza. Em abril, a candidata chegou a ser presa durante uma dessas atividades, um ato pró-Palestina na Universidade de Saint Louis, no Estado do Missouri.