O Partido Republicano conquistou, nesta quarta-feira (13/11), a maioria das cadeiras na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, com 218 assentos, segundo a projeção da emissora CNN. Já de acordo com a apuração da Associated Press, o partido do presidente eleito, Donald Trump, conta com 217 deputados.
Os democratas, por sua vez, aparecem com 207 assentos; ainda há 11 em disputa, totalizando os 435 deputados da Casa.
A manutenção do controle da Câmara, assim como o domínio conservador da Suprema Corte e a retomada republicana do Senado, faz parte de uma campanha vitoriosa do presidente eleito Donald Trump, e aumenta tanto sua influência e quanto a possibilidade de cumprir suas promessas do período eleitoral.
Com a conquista, o partido de Trump toma controle total do Legislativo norte-americano por um período de ao menos dois anos; depois, ao fim de 2026, haverá as eleições de meio mandato, que devem dar mais uma chance aos democratas.
Caso Trump não obtivesse maioria republicana no Congresso, o presidente eleito poderia enfrentar obstáculos para implementar sua agenda legislativa, como ocorreu com o atual presidente Joe Biden. O democrata iniciou seu mandato em 2021 com maioria na Casa, mas perdeu após a segunda metade do seu mandato.
Entre as administrações de outros presidentes, George W. Bush (2001-2009) teve maioria em toda a sua trajetória à frente da Casa Branca, e Barack Obama (2009-2017) também obteve o feito durante seu primeiro mandato.
Já Trump em seu primeiro governo (2017-2020) também teve a maioria no Congresso e no Senado quando assumiu a Presidência, mas perdeu nas eleições legislativas de 2018.
No cenário de seu segundo governo, o presidente eleito ainda conta uma Suprema Corte com seis, dos nove, magistrados conservadores. Três dos juízes mais alinhados a Trump foram nomeados pelo republicano em sua primeira administração.
Outras ações que essa maioria conservadora permitiu foi o fim de ações afirmativas em universidades norte-americanas, mais direitos em relação à posse de armas e imunidade parcial a presidentes, de modo que não podem sofrer acusações criminais – uma decisão que favorece Trump diretamente, uma vez que é o primeiro mandatário dos EUA a ser acusado, em processo sobre a incitação contra o Capitólio, em 2021.