O ministro da Fazenda da Argentina, Nicolás Dujovne, anunciou na noite deste sábado (17/08) sua renúncia ao cargo após vários dias de rumores sobre mudanças no gabinete como consequência da crise econômica que se agravou após a derrota do presidente Mauricio Macri eleições primárias do último domingo (11/08).
Em carta enviada a Macri, o agora ex-ministro disse estar “convencido de que, dadas as circunstâncias, a administração que você lidera precisa de uma renovação significativa. Certamente cometemos erros”, afirmou.
Ainda na madrugada de sábado para domingo, o presidente argentino se pronunciou sobre Dujovne e já nomeou o secretário da Economia da província de Buenos Aires, Hernán Lacunza, para ocupar a pasta.
“Convoquei Hernán Lacunza para dirigir o Ministério da Fazenda. Até hoje trabalhava como secretário na província de Buenos Aires, onde fez um grande trabalho. Sua capacidade e trajetória são reconhecidas amplamente. Acredito que é a pessoa certa para esta nova etapa”, escreveu Macri em sua conta no Twitter.
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Em carta enviada ao presidente, Nicolás Dujovne disse que ‘certamente cometemos erros’
A renúncia de Dujovne vem após um agravamento da crise econômica que atinge o país gerado pela derrota do mandatário nas eleições primárias. Na última segunda-feira (12/08), diante da vitória da chapa Fernández-Kirchner com 47% dos votos, os mercados “se vingaram” de Macri e o dólar no país chegou a subir mais de 30% em relação à semana anterior, atingindo o valor de $60 pesos. A bolsa argentina chegou a registrar queda de 33%, enquanto o risco-país atingiu o pior nível em 10 anos.
Macri, que inicialmente deu declarações agressivas culpando a vitória dos kirchneristas pela piora da economia, pediu desculpas na última quarta-feira e anunciou um pacote de econômico que prevê aumento de salários e congelamento do preço de combustíveis. O mandatário ainda chegou a pedir diálogo com a oposição e teve uma conversa telefônica com Alberto Fernández.
*Com Sputnik e Fórum