A Câmara Nacional Eleitoral da Argentina divulgou nesta quinta-feira (29/08) os resultados finais das eleições primárias do país realizadas no dia 11 de agosto. Segundo a contagem definitiva, a vantagem da chapa de oposição formada por Alberto Fernández e Cristina Kirchner foi ampliada para 16,5 pontos percentuais em relação ao escrutínio provisório que marcava uma diferença de 16 pontos sobre o atual presidente Mauricio Macri.
Na contagem provisória, quando 98,67% das urnas haviam sido apuradas, Fernández aparcia com 49,19% dos votos, enquanto Macri agariava 33,12%. Com os resultados divulgados nesta quinta-feira, após a apuração de 100% das urnas, o candidato da chapa kirchnerista subiu para 49,49%, vendo o atual presidente perder pontos e baixar para 32,94% dos votos.
Na quantidade de votos, a diferença também é aparente comparando as duas contagens. Na provisória, Alberto Fernández obteve 11.622.020 de votos válidos, vencendo Macri que conquistou 7.824.996. Após a apuração total de todas as urnas, os votos para o kirchnerista subiram para 12.202.770, enquanto os do mandatário candidato à reeleição ficaram em 8.121.416.
Fernández, candidato à presidência na chapa da ex-mandatária Cristina Kirchner, é o favorito para conquistar as eleições argentinas de outubro. Após sua vitória nas PASO, Macri chegou a culpar a oposição pelo agravamento da crise econômica, gerado pela “vingança” dos mercados com a derrota do atual presidente.
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Fernández, candidato à presidência na chapa da ex-mandatária Cristina Kirchner, é o favorito para conquistar as eleições argentinas de outub
Nesta quinta-feira, o presidente voltou a afirmar que a culpa do agravamento da crise econômica é do resultado das eleições primárias realizadas no início do mês de agosto, das quais a chapa opositora de Alberto Fernández e Cristina Kirchner saiu vencedora. As declarações do mandatário vêm após o país declarar moratória na noite desta quarta-feira (28/08), anunciando que irá adiar o pagamento de uma porção da dívida de curto prazo.
“Os argentinos estamos vivendo realmente, a partir dos resultados das PASO [eleições primárias], um clima de preocupação e de angústia. Se criou uma incerteza política com essas PASO e que teve, lamentavelmente, consequências econômicas. Me refiro a umas PASO mal planejadas, que não são mais que uma pesquisa, a mais importante de todas, mas que tiveram a capacidade de desencadear uma crise como a que estamos vivendo”, disse o presidente.