Arce deve assumir presidência da Bolívia no aniversário de um ano do golpe contra Evo
Evo Morales foi derrubado por militares no dia 10 de novembro de 2019; data precisa da posse depende de totalização dos resultados
O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia afirmou na noite desta segunda-feira (19/10) que os novos governantes eleitos nas eleições do último domingo (18/10) – entre eles, o virtual presidente eleito Luis Arce, do MAS, assim como os membros do Legislativo - tomem posse na primeira quinzena do próximo mês de novembro.
No entanto, o presidente do órgão, Salvador Romero, não precisou exatamente em que dia os eleitos serão empossados.
A data traz um simbolismo. A posse deve ocorrer muito próximo das datas em que o golpe de Estado que levou à derrubada de Evo Morales por parte dos militares: o então presidente caiu no dia 10 de novembro, e a então segunda-vice-presidente do Senado, a hoje presidente autoproclamada Jeanine Áñez, assumiu o cargo no dia 12.
Romero deu uma entrevista coletiva à imprensa nesta segunda-feira (19/10), no qual também fez um balanço das eleições. “Mostramos que a Bolívia tem uma democracia muito mais sólida e firme, baseada em alicerces mais seguros do que a que tínhamos antes”, comentou.
Reprodução/Facebook
Arce deve assumir presidência na primeira quinzena de novembro
O órgão eleitoral pretende entregar até o final desta semana o resultado oficial final das eleições de 18 de outubro.
Ele também informou que, segundo as informações do TSE, 87% dos cidadãos com direito a voto participaram das eleições, superando o recorde registrado no pleito de 2005 (o primeiro vencido por Evo Morales), quando a participação foi de 82%.
Vitória
As pesquisas de boca de urna divulgadas na madrugada de segunda apontaram uma vitória contundente de Arce no pleito do domingo, com cerca de 53% dos votos.
O candidato Carlos Mesa, segundo colocado na disputa, reconheceu a vitória de Arce. "O resultado dessa contagem rápida é muito contundente e muito ampla. A diferença entre o primeiro candidato é nós, do Comunidade Cidadã, é ampla e nos cabe, como corresponde a quem acredita na democracia, reconhecer que houve um ganhador nessa eleição", disse o direitista, que ficou em segundo lugar.
(*) Com teleSUR e Revista Fórum
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