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Eleições na Bolívia

Estávamos numa ditadura e agora estamos voltando a uma democracia, diz Arce

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Em entrevista à Folha de S. Paulo, virtual presidente eleito da Bolívia afirmou que censura feita pelo governo autoproclamado de Jeanine Añez vai acabar

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2020-10-20T21:55:00.000Z

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O virtual presidente eleito da Bolívia, Luis Arce, do Movimento ao Socialismo, disse nesta terça-feira (20/10), em entrevista à Folha de S. Paulo, que o país vivia uma ditadura desde o golpe de Estado de 2019, que derrubou Evo Morales, e que, agora, os bolivianos estão voltando à democracia. 

De acordo com Arce, a nova gestão poderá "saber muito mais" do que aconteceu no país durante este último ano, pois vai "acabar a censura" do governo autoproclamado de Jeanine Áñez.

"Estávamos numa ditadura e agora estamos voltando a uma democracia. Creio que vamos saber de muito mais coisas erradas que fizeram, porque vai acabar a censura", disse. 

Os resultados da eleição foram anunciados por pesquisas boca de urna, que indicam uma vitória de Arce em primeiro turno com 53% dos votos. A autoproclamada presidente Áñez e o principal rival do MAS na disputa, Carlos Mesa, já reconheceram a vitória da esquerda. 


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No entanto, o virtual mandatário disse que ainda não conversou com Áñez e que vai esperar o resultado final do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) do país sair para "abordar o tema da transição". 

"Eu espero que eles atuem de modo responsável, apresentando o estado do país e seus problemas, antes que eu tome posse", declarou. 

Brasil

À Folha, Arce afirmou que pretende resolver impasses com o governo brasileiro e renegociar acordos assinados entre Áñez e o governo de Jair Bolsonaro na área do gás. Segundo o ex-ministro, "falta legitimidade" nas negociações estabelecidas entre o governo boliviano e o Brasil, já que esse papel não "era uma atribuição" da presidente de fato.

"O governo brasileiro deve entender, uma vez que apoiou este governo de fato, que falta legitimidade a esse acordo. Nós vamos querer revisar os atuais contratos e queremos fazer isso do ponto de vista de uma relação de dois governos que foram eleitos de modo democrático", disse.

Reprodução
Pesquisas de boca de urna indicam vitória de Arce no primeiro turno das eleições presidenciais bolivianas

Covid-19

Ainda na entrevista, Lucho, como carinhosamente é chamado pelos bolivianos, afirmou que a gestão de Áñez realizou poucos testes para detectar o novo coronavírus na população. Ele disse que os números oficiais do país não mostram o tamanho real do problema. "Temos que fazer mais testes para desenhar uma nova política", declarou.

Arce ainda afirmou que pretende chamar de volta à Bolívia os médicos cubanos que foram expulsos pelo governo autoproclamado, além de "fazer acordos de colaborações que foram ignorados por questões ideológicas, com a China, com a Rússia, para que nos ajudem com isso". 

'Recuperamos a democracia'

Em primeiro discurso após resultados preliminares serem divulgados na madrugada de segunda-feira (19/10), Arce afirmou que o MAS recuperou a democracia no país. 

"Recuperamos a democracia e a esperança. Vamos redirecionar nosso processo de mudança sem ódio, defendendo e superando nossos erros", disse o virtual presidente eleito.

De acordo com as leis eleitorais da Bolívia, para a eleição ser definida já no primeiro turno, o vencedor deve ter 50% mais um dos votos ou conquistar mais de 40% e abrir mais de 10 pontos percentuais de vantagem sobre o segundo colocado.

A escolha de Arce, um economista de 57 anos de idade, para ser o candidato do MAS nessas eleições se deu por conta de seu reconhecido trabalho à frente do Ministério da Economia, sendo constantemente conectado aos avanços econômicos que a Bolívia alcançou durante os anos de governo de Evo Morales.


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Política e Economia

Organizações da Sociedade Civil tiveram direitos violados no governo Bolsonaro, diz associação

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Pesquisa feita com 135 organizações sociais de todas as regiões do país foi apresentada no Fórum Político de Alto Nível da ONU

Redação Opera Mundi

São Paulo (Brasil)
2022-07-05T21:50:00.000Z

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A Associação Brasileira de ONGs afirmou, por meio de uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (05/07) no Fórum Político de Alto Nível da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, que as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) foram submetidas a violações sistemáticas de direitos pelo Estado brasileiro no período entre 2019 e 2021.

O estudo, intitulado Criminalização Burocrática, foi feito a partir do levantamento do perfil de 135 organizações sociais de todas as regiões do Brasil, combinando abordagens qualitativa e quantitativa, incluindo ainda grupos focais e entrevistas entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022. Para conferir o relatório completo, clique aqui. 

“Desde o início do governo de Jair Bolsonaro, o que se observa é um aumento de desconfiança sobre o campo da sociedade civil organizada. Há uma escalada nas tentativas de criminalização das OSCs, com projetos de lei e outras medidas legais destinadas ao controle e restrição do espaço de atuação dessas organizações”, apontam os pesquisadores da pesquisa. 

Segundo a Abong, as organizações têm sido alvo de uma “série de ataques” por meio de medidas em âmbito administrativo que “visam dificultar a captação de recursos, impor pagamentos indevidos e, de forma geral, inviabilizar o trabalho das entidades”. 

Flickr
Segundo a Abong, as organizações têm sido alvo de uma “série de ataques” por meio de medidas em âmbito administrativo

“As informações também apontam que as OSCs têm sofrido, com o governo federal como agente, crimes de calúnia, difamação ou injúria, todos previstos no Código Penal”, diz a associação.

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