A seis dias da cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Paris, a imprensa francesa revela o que sabe sobre o evento. O espetáculo de três horas de duração será realizado na avenida Champs-Elysées e na Praça da Concórdia. Embora o conteúdo das apresentações permaneça secreto, o nome do coreógrafo principal da cerimônia foi revelado. Trata-se do sueco Alexander Ekman, reconhecido em todo o mundo, com mais de 50 criações e colaborações com o balé da Ópera de Paris e o Balé de Boston.
Sem revelar as surpresas, os organizadores prometem “apresentações nunca antes vistas” na cerimônia marcada para 28 de agosto, sublinha o jornal Libération. O espetáculo terá direção artística de Thomas Jolly, o mesmo cenógrafo de teatro que encantou o mundo na abertura dos Jogos Olímpicos no final de julho. O palco será novamente o centro da cidade e não um estádio como costuma acontecer.
A cerimônia, a partir de 20h (15h no horário de Brasília), será aberta com uma parada popular “próxima do público”. Cerca de 4.400 atletas de todo o mundo, assim como as 184 delegações paralímpicas desfilarão do Arco do Triunfo até a Praça da Concórdia, percorrendo a Champs-Élysées. O país anfitrião leva cerca de 240 de seus atletas à avenida, liderados pela velocista Nantenin Keita e pelo paratriatleta Alexis Hanquinquant, eleitos porta-bandeiras da delegação francesa, descreve o portal de notícias FranceInfo.
As apresentações artísticas acontecerão em quatro palcos instalados na Concórdia, cercados por arquibancadas que poderão acolher 65 mil espectadores. Segundo Jolly, o enredo irá destacar “os atletas paralímpicos e os valores que eles personificam”.
“Será um resumo da ‘história, com os seus paradoxos’, um lugar onde ‘cortamos as cabeças dos nossos reis’, principalmente no reinado de Luís 16, mas também construímos a ‘mais bela [avenida] do mundo’, onde celebramos a Copa de 1998, onde nos reunimos para festejar o Ano-Novo”, acrescentou o diretor.
Espetáculo ‘festivo e político’
Alexander Ekman disse ter coreografado um espetáculo “festivo e político”, de acordo com o desejo de Thomas Jolly. “Juntos pretendemos transcender fronteiras para uni-las num mundo mais igualitário e inclusivo”, explicou o diretor artístico.
Pela primeira vez, o consagrado coreógrafo sueco colaborou com bailarinos com deficiência. “Eles são extraordinários”, disse Ekman à AFP.