Lula recebe atletas das Paralimpíadas de Paris e promete estrutura ao esporte
Presidente brasileiro celebrou melhor colocação brasileira na história da competição, com 89 pódios, e afirmou que governo 'não está alheio' aos problemas
Atletas paralímpicos brasileiros que competiram nos Jogos de Paris 2024 foram recebidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na tarde desta terça-feira (17/09), no Palácio do Planalto, para celebrar o melhor resultado do país na história da competição.
O Brasil encerrou a participação na Paralimpíada de Paris com recordes de 89 pódios – 25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes -, além do quinto lugar no quadro de medalhas do megaevento realizado na capital francesa, a melhor colocação brasileira na história da competição. Também pela primeira vez, as mulheres conquistaram mais medalhas (43) e mais ouros (13) do que os homens em Jogos Paralímpicos.
Até então, os melhores resultados haviam sido alcançados nos Jogos de Tóquio, em 2021, e do Rio de Janeiro, em 2016, quando foram obtidos 72 pódios e a sétima colocação geral, em ambas as edições.
“Enquanto eu for presidente, não faltará estrutura para vocês se prepararem, de manhã, de tarde e de noite”, prometeu Lula aos atletas.
“O governo não quer estar alheio a encontrar solução para os problemas, porque vocês merecem respeito e consideração. Nós não faltaremos ao amor, a dedicação, ao esforço de vocês por praticar o esporte”, acrescentou.

Ricardo Stuckert /PR
Brasil conquistou inédita 5ª posição nos Jogos de Paris
Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado atribuiu o histórico resultado ao planejamento estratégico proposto em 2017 e uma mudança de rumo na estratégia da entidade.
“A gente já tinha avançado até a sétima posição em Londres, no Rio de Janeiro, com 72 medalhas, mas a gente entendeu que era necessário fazer algo diferente. E, então, a gente passa a ir até as pessoas com deficiência, invertendo a lógica de desenvolvimento do esporte paraolímpico. Hoje, nós temos 72 centros de referência no país inteiro, e a nossa expectativa é de criar, nos próximos 8 anos, 560, de modo que a gente possa estar em 10% dos municípios brasileiros”, disse o dirigente do CPB.
“Nós já tivemos a pátria do futebol. E hoje, depois de 89 melhadas, 23 de ouro, 24 de prata e 38 de bronze, eu tenho certeza que o Brasil é a pátria do esporte paralímpico”, comemorou o ministro do Esporte, André Fufuca.
Dos 280 atletas paralímpicos que foram aos Jogos de Paris, 274 recebem o Bolsa Atleta, programa do governo federal.
“Eu vejo que graças aos meus patrocínios, Bolsa Atleta e Caixa Econômica Federal, eu consigo viver só do esporte e consigo me dedicar e trazer essa tão sonhada medalha”, afirmou a atleta paulista Mariana D’Andrea, 26 anos de idade, que conquistou a medalha de ouro no halterofilismo, na categoria até 73 kg, a primeira mulher brasileira a conquistar um ouro olímpico nessa modalidade.