O Brasil subiu 89 vezes no pódio nos Jogos Paralímpicos de Paris, um recorde. Foram 25 medalhas de ouro, 26 de prata e 38 de bronze. Pela primeira vez na história, o Brasil ocupou o quinto lugar no quadro final de medalhas, resultado de um planejamento estratégico de longo prazo que também terá como foco os Jogos de 2028, em Los Angeles.
“Nosso sentimento é de orgulho e de dever cumprido, de saber que estávamos aqui com os nossos 280 atletas, a maior delegação da história depois da do Rio de Janeiro, em 2016. Essa equipe extraordinária está voltando para o Brasil com esse resultado histórico, o quinto lugar geral no quadro de medalhas”, ressalta o vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Johansson do Nascimento, em entrevista à RFI antes de pegar o voo de volta para o Brasil.
O resultado estava dentro da perspectiva traçada pelo CPB para as competições na capital francesa. Os objetivos para o ciclo paralímpico até Paris 2024 foram fixados pelo planejamento estratégico elaborado em 2017.
“Nós projetamos um bom resultado, tanto nos Jogos Paralímpicos de Tóquio e até as Paralimpíadas de Paris. O nosso planejamento já contava entre 70 a 90 medalhas no total. E o Brasil pôde estar cumprindo com esse grande objetivo. Faltou uma [medalha] para atingir a meta para cima. Então foi sensacional essas 25 medalhas de ouro”, ressalta Nascimento.
Planejamento para 2028
Para o Comitê Paralímpico Brasileiro, o desempenho reflete o planejamento estratégico elaborado há sete anos, que incluiu os 72 Centros de Referência para fomentar o esporte paralímpico e o Festival Paralímpico, que visa colocar crianças em contato com diversas modalidades.
“Todos esses projetos se refletiram até o alto rendimento. Foram 20 modalidades representadas aqui em Paris e 12 dessas modalidades estão voltando com medalhas. São resultados históricos, 10 medalhas de ouro no atletismo, 7 medalhas de ouro na natação, o judô extraordinário com 4 medalhas de ouro, mais 3 modalidades que pela primeira vez conquistaram medalhas, no caso o badminton, o taekwondo, e o triatlo”, contabiliza Johansson do Nascimento.
O Comitê Paralímpico Brasileiro comemora os resultados positivos alcançados em Paris, mas sem perder de vista a próxima edição dos Jogos Paralímpicos de 2028, a serem realizados em Los Angeles, nos Estados Unidos.
“O planejamento é de continuidade de todos os programas que o CPB vem fazendo ao longo dos últimos anos. Está na nossa missão, ser referência da iniciação até o alto rendimento., o que inclui a pessoa com deficiência na sociedade, através do esporte paralímpico. Todo o planejamento do Comitê é feito a longo prazo para que o Brasil continue ocupando os mais altos lugares nos quadros gerais de medalhas de jogos Paralímpicos”, conclui.