A Venezuela vai para as Olimpíadas de Paris com 33 atletas. A delegação é a menor que o país envia para uma edição de jogos olímpicos desde 1992, quando a competição foi disputada em Barcelona. Naquele ano, o Comitê Olímpico Venezuelano levou 29 atletas.
Além do baixo número de competidores, o país também não conta com sua principal estrela para a disputa: Yulimar Rojas rompeu o tendão de aquiles e não vai brigar pela medalha de ouro no salto triplo.
Rojas tem 28 anos e venceu a medalha de ouro nas últimas Olimpíadas, em Tóquio em 2021. Além disso, foi prata no Rio de Janeiro em 2016, conquistou ouro no Panamericano de Lima em 2019 e venceu sete vezes o Mundial de Atletismo.
O presidente Nicolás Maduro lamentou a ausência de Rojas. Em publicação nas redes sociais, o mandatário desejou boa recuperação para a atleta e disse que o país estava torcendo pelo retorno da atleta.
“Nós te amamos e sabemos do seu comprometimento e disciplina, você é uma guerreira da vida, um exemplo para a juventude, por isso tem o respeito do povo”, afirmou Maduro. Ela se lesionou em abril durante um treino em Barcelona, na Espanha, faltando pouco mais de três meses para os jogos.
Mesmo fora dos jogos, ela vai carregar a bandeira do país durante a cerimônia de abertura dos jogos. Ela recebeu das mãos de Maduro a bandeira no Palácio Miraflores, sede do Executivo venezuelano. Sem ela, caberá a competidores de 13 esportes em 33 modalidades buscar a classificação entre os três melhores.
Dos 33 que estarão presentes, três são medalhistas olímpicos. O levantamento de peso tem dois atletas que ganharam a prata nas Olimpíadas de Tóquio em 2021: Julio Mayora na categoria de até 73kg e Keydomar Vallenilla nos 96kg. Já Ruben Limardo ganhou o ouro nos jogos de Londres em 2012 na esgrima. Ele vai disputar a competição em Paris contra seus irmãos Francisco e Jesus Limardo, que também se classificaram.
Outros irmãos venezuelanos vão juntos competir, mas na natação. São Alberto Mestre e Alfonso Mestre. Alfonso é mais novo e ganhou duas pratas e um bronze nos jogos Panamericanos de 2023, em Santiago. Alberto tem 25 anos e vai para sua segunda disputa olímpica.
Histórico nas Olimpíadas
A Venezuela venceu, ao todo, quatro medalhas de ouro, sete de prata e 10 de bronze. A primeira vez que o país disputou as Olimpíadas foi em Londres em 1948. Os venezuelanos foram representados pelo ciclista Julio César León.
A primeira medalha do país foi um bronze, conquistado nas Olimpíadas seguintes. Em Helsinki, na Finlândia, Asnoldo Devonish disputou e subiu ao pódio no salto triplo. O ano de 1952 ficou marcado durante muito tempo como a edição em que a Venezuela levou o maior número de atletas: 38.
O recorde só foi batido em 1996, em Atlanta, quando a delegação venezuelana teve 39 integrantes.
Já a primeira medalha de ouro foi conquistada no México em 1968. O pugilista Francisco “Morochito” Rodríguez venceu na categoria “peso mosca” e foi marcado como o primeiro venezuelano a subir no posto mais alto do pódio olímpico.
Depois disso, a Venezuela voltou a conquistar um ouro em três ocasiões. Em Barcelona em 1992 no taekwondo, Londres em 2012 com Ruben Limardo na esgrima e em Tóquio com Yulimar Rojas. A melhor posição da Venezuela no quadro de medalhas foi o 30º lugar no México em 1968.