Uma queda na comunicação por celular e internet na Faixa de Gaza, às 20h desta sexta-feira (14h pelo horário de Brasília), foi constatada pela representação brasileira em Ramalah, na Cisjordânia, despertando um alerta para o Itamaraty que perdeu a comunicação com os brasileiros.
Minutos depois, o governo federal emitiu uma nota afirmando que o embaixador Alessandro Candeas, responsável pelo escritório da representação do Brasil em Ramalah, após inúmeras tentativas, conseguiu restabelecer contato com apenas um dos brasileiros hospedados em Rafah. Segundo o relato, os bombardeios estão mais intensos nesta noite (27/10), mas assegura que a comunidade está ‘em segurança’.
Em comunicado, a empresa de telefonia Palestina Jawal confirmou que todas as comunicações com a Faixa de Gaza foram cortadas:
“Nosso honorável povo em nossa amada pátria, lamentamos anunciar a cessação completa de todas as comunicações e serviços de Internet com a Faixa de Gaza à luz da agressão em curso”, informa a nota.
Twitter/UNRWA
Empresa de telefonia Palestina Jawal confirmou que todas as comunicações com a Faixa de Gaza foram cortadas
A companhia acrescentou que os intensos bombardeios destruíram as últimas rotas internacionais de telecomunicações que ligavam Gaza ao mundo exterior, “o que levou à interrupção de todos os serviços das empresas de telecomunicações da querida Faixa de Gaza”.
Esta sexta-feira (27/10) marca o 21° dia do conflito entre Israel e Hamas, que se deu início após a ofensiva do grupo palestino contra o território israelense. Desde então, o Exército israelense tem realizado uma série de ataques e bombardeios em Gaza, provocando a morte de milhares de civis palestinos. Com o agravamento da guerra, tem se instalado uma crise humanitária com a qual pessoas sofrem por falta de energia elétrica, combustíveis, água, gás e alimentos.
Segundo o governo de Israel, até o momento, mais de 1.400 israelenses foram mortos e outras 200 pessoas foram feitas reféns. Já na Faixa de Gaza, mais de 7.300 palestinos foram mortos, sendo que deste número, 3.038 são crianças, de acordo com o Ministério da Saúde local.
(*) Com Agência Brasil