Em um comunicado publicado neste domingo (13/10), a Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) afirmou que os bombardeios promovidos por Israel contra as forças de paz das Nações Unidas no Líbano (Unifil) configuram um ataque a todos os países-membros da ONU, conforme o Artigo 51 da Carta da organização internacional.
“Nada na presente Carta prejudicará o direito inerente de legítima defesa individual ou coletiva no caso de ocorrer um ataque armado contra um Membro das Nações Unidas, até que o Conselho de Segurança tenha tomado as medidas necessárias para a manutenção da paz e da segurança internacionais”, diz o trecho do documento da ONU mencionado pela Fepal.
Além do genocídio em curso na Palestina, ao destacar que cinco capacetes azuis no Líbano foram feridos pelas forças israelenses nos últimos dias, a nota enfatiza que, agora, a agressão parte diretamente contra a própria ONU. Ou seja, “interpretável como ataque a todos os estados-membros e dando a estes o direito de autodefesa ‘coletiva'”. Dessa forma,, afirma que a comunidade internacional está legalmente autorizada a medidas bélicas que detenham o regime sionista “tal qual a parou a nazista”.
“Instamos a Liga Árabe, a Organização para a Cooperação Islâmica, os BRICS, a Organização dos Estados Americanos, União Europeia, União Africana, Organização para Cooperação de Xangai e todos as demais organizações coletivas análogas para que tomem medidas emergenciais, inclusive bélicas, para salvar os povos palestino e libanês imediatamente, bem como sírio, potencialmente vítima dos mesmos crimes hoje vitimando palestinos e libaneses”, afirma o comunicado, indicando que Israel tem demonstrado ao mundo suas intenções de que continuará hostilizando toda a região do Oriente Médio.
A Fepal também menciona que o regime sionista está ameaçando a integridade global com uma guerra nuclear, visando instalações nucleares civis do Irã, após o ataque de mísseis em 1º de outubro.
Dessa forma, pede para que o governo do Brasil rompa todas as relações, diretas ou indiretas, com Israel, e que a sociedade brasileira se junte às ações pacíficas globais por Boicote, Desinvestimento e Sanções, “conforme o Direito Internacional e tal qual se fez para derrotar o nazismo e o regime segregacionista da África do Sul”.
“Acabar com o sionismo e seu regime supremacista é, também, salvar o judaísmo e os judeus do sequestro sionista que sofreram e permitir que todos os cidadãos, tenham que fé religiosa tenham, vivam em paz e segurança na Palestina”, conclui.
Leia a nota da Fepal na íntegra:
“Diante do infame ataque da forças da barbárie e genocidárias de “israel” à missão de paz da ONU no Líbano – UNIFIL (Força Interina das Nações Unidas no Líbano) –, primeiro bombardeadas, ferindo cinco capacetes azuis, e agora invadindo seu quartel-general no país árabe, não resta outra alternativa que não considerar o regime supremacista “israelense” em guerra contra a humanidade e, de consequência, todos os países estarem legalmente autorizados a medidas bélicas que parem a horda sionista, tal qual a Comunidade Internacional parou a nazista.
Razões não faltam para um ataque total, que destrua toda infraestrutura genocidária de “israel”, provocando o colapso de seu regime e levando à prisão todos os seus dirigentes, a começar pelo carniceiro de Gaza, Benjamin Netanyahu, para que sejam julgados pelos crimes de genocídio e extermínio, apartheid, de guerra e de lesa-humanidade, colonialismo e destruição de infraestruturas civis, provocar fome com intuito de levar à morte toda sociedade palestina em Gaza, crimes agora levados ao Líbano e, conforme dito pelo ministro das finanças “israelense”, o supremacista Bezalel Smotrich, à Síria – “O estado judeu se estenderá de Jerusalém a Damasco”, disse na quinta-feira, 10.
Conforme o ARTIGO 51 da Carta das Nações Unidas, “Nada na presente Carta prejudicará o direito inerente de legítima defesa individual ou coletiva no caso de ocorrer um ataque armado contra um Membro das Nações Unidas, até que o Conselho de Segurança tenha tomado as medidas necessárias para a manutenção da paz e da segurança internacionais”. Se é assim contra um país/povo soberano, como Palestina, Líbano e Síria, mais grave ainda quando o agressor ataca a própria ONU, interpretável como ataque a todos os estados-membros e dando a estes o direito de autodefesa “coletiva” (da organização), de sua carta, do Direito Internacional e das soberanias dos estados diretamente sob o genocídio patrocinado por “israel”.
Neste contexto, ainda, é imperioso que o Brasil rompa todas as relações com o regime estatal fascista de “israel”, proíba todas as suas ações em território nacional, expulse seu “embaixador” aqui ainda sediado, bem como todos os seus funcionários, assim como determine a todos as demais instituições brasileiras que tenham relações diretas ou indiretas com o “estado de ‘israel’” ou com organizações sediadas no mesmo ou a ligadas, das nossas universidades a estados e municípios, que cancelem todos os convênios e cooperações que mantêm com o apartheid “israelense”.
Instamos a Liga Árabe, a Organização para a Cooperação Islâmica, os BRICS, a “Organização dos Estados Americanos, União Europeia, União Africana, Organização para Cooperação de Xangai e todos as demais organizações coletivas análogas para que tomem medidas emergenciais, inclusive bélicas, para salvar os povos palestino e libanês imediatamente, bem como sírio, potencialmente vítima dos mesmos crimes hoje vitimando palestinos e libaneses, em momento posterior, visto que “israel” já mostrou ao mundo suas intenções na prática e anuncia, sem rodeios, que seguirá neste caminho genocidário em toda a região.
Não bastasse isso, “israel” ameaça o mundo com uma guerra nuclear que pode nos levar à extinção, uma vez que seu regime almeja atacar instalações nucleares civis do Irã, país que tem programa nuclear sob regulares inspeções da Agência Internacional de Energia Atônica, a que o regime gangster israelense nunca se submeteu, mesmo tendo ogivas nucleares que ameaça usar contra seus vizinhos.
Pedimos à sociedade brasileira aderir enfaticamente às ações pacíficas globais por Boicote, Desinvestimento e Sanções, conforme o Direito Internacional e tal qual se fez para derrotar o nazismo e o regime segregacionista da África do Sul.
Por fim, instamos a sociedade israelense para que rompa com o regime que lhe impõe o sionismo, ideologia análoga ao nazismo e que sequestra o judaísmo para servir ao seu projeto colonial, supremacista e genocidário na Palestina, fazendo de cada um de seus cidadãos soldado involuntário de um experimento social genocida. Acabar com o sionismo e seu regime supremacista é, também, salvar o judaísmo e os judeus do sequestro sionista que sofreram e permitir que todos os cidadãos, tenham que fé religiosa tenham, vivam em paz e segurança na Palestina.
Vamos construir um futuro de paz e prosperidade juntos, sem apartheid e genocídio!
Palestina Livre a partir do Brasil, 13 de outubro de 2024, 77º ano da Nakba.”