O grupo Hezbollah reivindicou na tarde de quarta-feira (27/11) sua “vitória” sobre Israel, após ambas as partes chegarem a um acordo de cessar-fogo no conflito no Líbano.
“A vitória de Deus Todo-Poderoso tem sido aliada da justa causa”, afirmou o movimento libanês, poucas horas após a trégua de 60 dias entrar em vigor após dois meses de intensos confrontos.
Em comunicado, o Hezbollah acrescentou que os seus combatentes “permanecerão totalmente prontos para enfrentar (…) os ataques do inimigo israelense”.
Mais cedo, milhares de pessoas saíram às ruas no Líbano para festejar o início do cessar-fogo de 60 dias entre Israel e o Hezbollah, medida que muitos esperam que possa abrir caminho para uma trégua com o Hamas na Faixa de Gaza.
Entretanto, o governo do Líbano acusou o Exército de Israel de disparar duas vezes contra civis que tentavam voltar para casa no sul do país, após a entrada em vigor da trégua.
Veja também | Antes do cessar-fogo, um vendaval de bombardeios sobre Beirute
Já o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Israel Katz, instruíram as Forças de Defesa israelenses (FDI) a não permitir a entrada da população na área dos vilarejos próximos à fronteira no sul do Líbano, em conformidade com a primeira fase da implementação do plano de cessar-fogo.
“As FDI prenderam quatro agentes do Hezbollah, incluindo um comandante local, que entraram na área proibida, e continuarão a tomar medidas duras contra qualquer violação” do acordo, concluiu o comunicado.
Cessar-fogo de dois meses
Na terça-feira (26/11), o gabinete de segurança de Netanyahu aprovou um acordo com o Hezbollah para um cessar-fogo de dois meses nos ataques israelenses no Líbano
Em votação, a proposta, que ocorreu a partir de uma negociação mediada pelos Estados Unidos e pela França ao longo das últimas semanas, foi aprovada com 10 votos à favor, enquanto um contra.
O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, pediu à comunidade internacional que “aja rapidamente” e “implemente um cessar-fogo imediato” para acabar com a guerra entre Israel e o Hezbollah.
Os ataques a Beirute “reafirmam que o inimigo israelense não tem respeito por nenhuma lei ou consideração”, disse Mikati em uma declaração publicada no X.
(*) Com Ansa.