O governo de Israel pediu para manter suas tropas militares em pelo menos cinco posições no sul do Líbano até o próximo dia 28 de fevereiro. A informação foi concedida por uma autoridade libanesa, citada pelo canal de notícias libanês LBCI nesta quarta-feira (12/02). Segundo o veículo, o Líbano rejeitou “firmemente” o pedido.
Ainda de acordo com o LBCI, a nova solicitação teria sido feita pelo gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, por meio do comitê que supervisiona o acordo de cessar-fogo. O acordo firmado em novembro passado, por sua vez, previa inicialmente a retirada total dos militares da região fronteiriça até 26 de janeiro, dentro de um prazo de 60 dias, mas ele acabou sendo prorrogado até 18 de fevereiro.
A primeira extensão foi solicitada por Netanyahu em 23 de janeiro, quando alegou que as forças libanesas não estavam cumprindo devidamente o tratado e demorando em se posicionarem no sul do país. Por outro lado, o governo do Líbano acusou o regime sionista de violar o acordo, incluindo o fato de que suas tropas continuaram atacando a região mesmo com a decretação do cessar-fogo.

O Exército de Israel invadiu o sul do Líbano em 1º de outubro de 2024, no ápice da conflito de um ano com o Hezbollah, que lançou uma ofensiva em solidariedade ao movimento de resistência palestina Hamas
Na ocasião, o Hezbollah rejeitou qualquer adiamento do prazo, porque “seria uma violação flagrante do acordo, uma violação contínua da soberania libanesa”.
O Exército do regime sionista invadiu o sul do Líbano em 1º de outubro de 2024, no ápice da conflito de um ano com o Hezbollah, que lançou uma ofensiva em solidariedade ao movimento de resistência palestina Hamas.
A guerra no território libanês provocou aproximadamente quatro mil mortes e o deslocamento forçado de mais de um milhão de pessoas. Ao longo do conflito, o Hezbollah também perdeu o seu líder, Hassan Nasrallah, morto em um bombardeio na periferia de Beirute em setembro de 2024.
(*) Com Ansa