Domingo, 13 de julho de 2025
APOIE
Menu

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos (Acnudh) cobrou nesta terça-feira (15/10) uma investigação sobre o ataque israelense que matou pelo menos 22 pessoas no vilarejo de Aitou, no norte do Líbano.

A localidade tem pouco mais de mil habitantes, a maioria católicos maronitas, e é o primeiro alvo israelense no norte do país árabe durante a ofensiva contra o grupo xiita Hezbollah, cujas atividades se concentram no sul e no leste libanês e nos subúrbios da capital Beirute.

De acordo com Jeremy Laurence, porta-voz da agência da ONU para direitos humanos, é preciso abrir uma “investigação rápida, independente e completa” sobre o bombardeio, ocorrido na segunda-feira (14/10).

Receba em primeira mão as notícias e análises de Opera Mundi no seu WhatsApp!
Inscreva-se

“O que estamos escutando é que há 12 mulheres e duas crianças entre as 22 pessoas mortas. Temos preocupações reais sobre o direito internacional humanitário, ou seja, as leis da guerra e os princípios da distinção e da proporcionalidade”, disse.

Os ataques de Israel contra o Hezbollah já deixaram mais de 2 mil mortos no Líbano em pouco menos de um mês, e Tel Aviv, governada pelo primeiro-ministro direitista, Benjamin Netanyahu, prometeu que seu país continuará “atacando sem piedade o Hezbollah” em todas as partes do país vizinho.

soldados israelenses apontam armas para alvos

@idfonline / Reprodução
Exército israelense segue com ações e ataques contra o território do Líbano

Unifil manterá posição, diz ONU

O chefe das operações de paz da ONU, Jean-Pierre Lacroix, declarou que a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) manterá suas posições.

“Os incidentes no Líbano devem parar. Os membros da Unifil permanecerão em suas posições”, disse Lacroix em entrevista à agência italiana de notícias ANSA.

A fala ocorre após os recentes ataques do Exército de Israel contra as bases Unifil, que feriram vários soldados da missão, em meio à violência que Tel Aviv tem promovido no país vizinho sob argumento de combater o Hezbollah.

As hostilidades contra a Unifil atingiram seu auge no último domingo (13/10), quando dois tanques das Forças de Defesa de Israel (IDF, por sua sigla em inglês) destruíram o portão principal e invadiram uma das bases da missão.

Dentro da sede da ONU, os tanques ficaram 45 minutos e dispararam tiros nas proximidades. Mesmo assim, Netanyahu negou que o Exército de seu país tenha atacado deliberadamente as bases da Unifil.

Em vídeo, alegou ter pedido “repetidamente” que os membros da entidade deixassem a zona de conflito.

(*) Com ANSA.