As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) lançaram ataques aéreos em duas áreas diferentes no centro de Beirute, no Líbano, deixando pelo menos 22 mortos e 117 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde local. Trata-se da primeira vez que o exército israelense realiza uma ofensiva direta no “coração da capital”, fora dos subúrbios do sul, onde os bombardeios têm sido frequentes nas últimas semanas.
Segundo a agência de notícias ANI, as IDF atacaram “o densamente povoado bairro residencial de Ras al-Nabeh e o distrito adjacente de Noueiri”, em um dos bombardeios considerados mais mortais desde que Israel intensificou sua campanha contra o Líbano, no mês passado.
De acordo com a Associated Press (AP), no bairro de Ras al-Nabeh, o ataque atingiu a metade inferior de um prédio de oito andares, enquanto um segundo ataque à área de Noueiri, entre Burj Abi Haidar e Al-Basta Al-Fouqa, derrubou um prédio inteiro.
O jornal The Times of Israel informou que as forças israelenses teriam visado o chefe da Unidade de Ligação e Coordenação do Hezbollah, Wafiq Safa, descrevendo-o como o interlocutor do grupo para as forças de segurança libanesas e uma figura próxima a Hassan Nasrallah, o líder supremo que foi assassinado por Israel no fim de setembro.
Momentos depois, à agência Reuters, três fontes de segurança ligados ao Hezbollah confirmaram que “Safa sobreviveu a uma tentativa de assassinato israelense em Beirute”.
28 mortos em ataque a escola em Gaza
Enquanto isso, as tropas israelenses também lançaram ataques aéreos contra uma escola que era usada como abrigo para os deslocados, na área de Deir el-Balah, província central da Faixa de Gaza. O bombardeio matou pelo menos 28 pessoas e feriu dezenas de outras, de acordo com o balanço feito pelo Crescente Vermelho Palestino.
“As equipes do Crescente Vermelho Palestino responderam a 28 mortes e 54 feridos após o exército de ocupação israelense atacar a Escola Rafida”, disse o grupo, nesta quinta-feira. Em seguida, o Ministério da Saúde de Gaza confirmou o número e condenou Israel por cometer “um novo massacre” contra os palestinos deslocados.
Conforme os relatos da emissora catari Al Jazeera, foram registrados “muitos corpos despedaçados” no local, o que dificultava a identificação “a menos que os familiares conseguissem descobrir quem eles eram por alguns sinais em suas roupas no necrotério do hospital”.
Em comunicado, as IDF alegaram que o ataque teve como alvo combatentes do Hamas, que supostamente estariam operando em um centro de controle “incorporado dentro de um complexo que anteriormente serviu como Escola [Rafida]”.