100 mil franceses vão às ruas contra genocídio de Israel em Gaza

A palavra de ordem ecoou forte nesta segunda-feira (09/06) de feriado Pentecostes na icônica Praça da República, no coração de Paris, capital francesa. Convocada às pressas por um conjunto de entidades e partidos políticos, como a Urgência Palestina e a França Insubmissa, teve uma resposta surpreendente.

Numa cidade cujas manifestações pró-Palestina sempre ficaram aquém daquelas de Londres ou de Nova Iorque, a desta tarde na França reuniu mais de 100 mil pessoas, demonstrando uma força de mobilização popular inédita.

Às cinco da tarde (horário local) começaram a chegar os primeiros participantes, jovens que logo galgaram o topo da enorme escultura de bronze, representando a República. Em suas mãos fincaram as bandeiras quadricolores, que tremulavam acima de faixas denunciando o apartheid e pedindo o boicote a Israel.

Em menos de 30 minutos o local transbordava de gente de todas as idades, que passou a ocupar também as vias laterais, que estavam parcialmente fechadas ao trânsito, para evitar acidentes. Diversos deputados e políticos de esquerda marcaram presença, incluindo Jean-Luc Mélenchon, fazendo um discurso inflamado contra o genocídio em Gaza.

Os canais de televisão, que repercutiram o protesto ao vivo sem interrupção, focavam os cartazes exigindo a liberação dos ativistas da Flotilha da Liberdade. Cartazes também exigiam a liberação dos ativistas da embarcação, dentre os quais encontrava-se a deputada francesa de origem palestina Rima Hassan, membro do Parlamento Europeu pela França Insubmissa, além do brasileiro Thiago Ávila.

Previsto para durar até às 20 horas, o ato prosseguia, noite adentro, sem dar mostras de querer terminar.

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