Segundo o governo do Egito, um dos mediadores do acordo de trégua de quatro dias entre Israel e Hamas, a pausa que também prevê a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos foi adiada “por questões administrativas”, mas entrará em vigor a partir desta sexta-feira (24/11).
A informação também foi confirmada pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, contradizendo os planos iniciais para a trégua ser iniciada nesta quinta-feira (23/11).
“A trégua, com todas as suas condições, entrará em vigor amanhã, sexta-feira”, afirmou o porta-voz do governo egípcio, Diaa Rashwan, acrescentando que o país está em contato com todas as partes para a implantação dos termos do acordo.
Mediado por Catar, Egito e Estados Unidos, o pacto prevê inicialmente a libertação de 50 reféns capturados pelo Hamas nos ataques de 7 de outubro e de 150 palestinos mantidos como prisioneiros em Israel.
Segundo a Organização das Nações Unidas, há mais de cinco mil palestinos mantidos em Israel em privação de liberdade, entre eles, 160 crianças.
FDI/Twitter
Israel diz que não se trata de um cessar-fogo, mas apenas de uma suspensão na guerra
Em um segundo momento, Israel poderá soltar mais 150 palestinos, em troca da libertação de outros 50 reféns pelo grupo islâmico. Para cada soltura de 10 pessoas sequestradas pelo Hamas, haveria um dia a mais de pausa nos combates. O acordo engloba mulheres e menores de idade.
Segundo Netanyahu, o acordo prevê que a Cruz Vermelha possa visitar os reféns do Hamas e fornecer medicamentos.
Também está prevista a entrada de pelo menos 300 caminhões com ajuda humanitária na Faixa de Gaza, incluindo combustível para alimentar os geradores de hospitais.
Israel diz que não se trata de um cessar-fogo, mas apenas de uma suspensão na guerra, que será retomada “até a completa destruição do Hamas”.
O conflito foi deflagrado após os ataques sem precedentes cometidos pelo grupo islâmico em 7 de outubro, que deixaram 1,2 mil mortos, em sua maioria civis.
Desde então, a resposta israelense já matou 14,5 mil palestinos, sobretudo crianças e mulheres, de acordo com as autoridades de Gaza.
(*) Com Ansa